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Especialistas recomendam cuidados durante a realização da prova do ENEM

Manutenção da prova em Belém dividiu opiniões. Atenção aos protocolos sanitários será fundamental.

Eduardo Rocha
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A decisão da Prefeitura de Belém de que não defenderia o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) na capital por “conta da situação epidemiológica do município, que aponta estabilidade dos casos”, tem dado pano para manga entre estudantes, profissionais de Saúde e cidadãos em geral.

Em nota, a Prefeitura de Belém comunicou na quinta-feira (14) que "as decisões do município estão pautadas na ciência, com avaliação contínua de um comitê formado por especialistas da UFPA, Evandro Chagas, Sesma e Sociedade Paraense de Imunologia. Os dados atuais apontam para estabilidade da Covid-19 na capital. Caso haja determinação de esferas superiores de adiamento da prova do Enem, a mesma será acatada pelo município".

O estudante Gabriel Sá, 21 anos, candidato no Enem para o curso de Biologia, não esconde a preocupação de fazer provas neste domingo (17) em plena pandemia da covid-19."Acredito que a prova deveria ser adiada. Mesmo com os dados epidemiológicos apresentados pela prefeitura de Belém indicando uma estabilidade de casos, creio que não há como realizar uma prova nessas condições, principalmente em um ambiente de alto risco de contaminação, mesmo com todas as medidas sendo tomadas", afirma.

"O aluno já entra para fazer a prova com a pressão de definir seu futuro, e ainda tem que se preocupar com a possibilidade de contrair o vírus, principalmente porque haverá momentos que o aluno tem que tirar a máscara, seja para se alimentar, beber água ou realizar a troca da máscara", acrescenta.

Para se precaver, Gabriel disse que vai chegar mais cedo ao local de prova "para evitar aglomerações, levar álcool em gel, máscaras para trocar". "Tentar ao máximo me prevenir", completa. Como não estava frquentando cursinhos, as aulas de Gabriel foram baseadas no youtube e em materiais encontrados na internet, na preparação ao Enem. "Minha maior dificuldade foi saber lidar com tanto tempo livre, no sentido de conseguir focar para estudar, pois não tenho um ambiente próprio para estudo nem um computador só meu. Mesmo com tudo isso, tenho que me manter otimista", arremata.

Riscos e cuidados

Acerca da aplicação das provas do Enem em Belém a partir deste domingo (17), o infectologista Alessandre Guimarães, do Hospital Universitário João de Barros Barreto, destaca que "recentemente passou-se a ter uma tendência de aumento nas médias móveis de casos e óbitos na cidade de Belém e no Pará como um todo, constando haver municípios sem leitos destinados a enfermos com Covid19, conforme boletins epidemiológicos e reportagens recentes da imprensa de um modo geral". "Não deixa de ser preocupante, porque não é possível dicotomizar radicalmente o que ocorre ao restante do país em termos de riscos e medidas de prevenção. Com especial atenção ao que se acompanha em relação ao aumento de casos atual na cidade de Manaus com emergência de nova cepa mutante, sendo estudada", acrescenta.

O médico comentou os riscos e o anúncio de medidas preventivas ao contágio por parte do Governo Federal com relação à segurança dos candidatos nos locais de prova. "Sem dúvida alguma, com um ano de experiência e aprendizado da humanidade com a Covid19, algumas “lições” já nos foram passadas e percebe-se certo alinhamento de condutas (quando voluntariamente se adere) quanto ao rigor nas medidas de prevenção. Esse é o único ponto “a favor”, diante do que se vê ao certame, mas que se torna inválido se não forem seguidas, além logicamente ao fato de se evitar mais prejuízos ao estudantes perante ao não adiamento do teste".

Alessandre Guimarães recomenda, caso o estudante tenha tido contato com alguém doente (seja suspeito ou confirmado), nos últimos 14 dias, não deve frequentar os locais de prova e sim permanecer em quarentena (isolamento domiciliar para ver ser não ocorrerão sintomas, idealmente ser testado pelo método de Rt-PCR após o décimo-segundo dia do conta).

Afora esse contexto, pode-se fazer a prova presencialmente respeitando: com o uso correto e trato correto relacionados à máscara cobrindo nariz e boca,levando-se máscaras de reserva; higienizar as mãos com álcool gel ou líquido a 70% (levar no bolso); se possível, usar o protetor "faceshield"; manter distanciamento acima de 1,5 metro em todos os momentos do certame; evitar tocar em superfícies como botões de elevadores, escadas e corrimões.

Complexa

Na avaliação da infectologista Helena Brígido, "há sempre o risco pela aglomeração e pelo aumento do número de casos de internações e atendimentos ambulatoriais". "A situação é complexa e, a cada momento de aglomerações (férias de julho, círio, eleições) tivemos aumento do número de casos de Covid", pontua. Ela considera, sobre as medidas adotadas para a realização do Enem, que "se as recomendações forem adotadas os riscos diminuem bastante". "Os protocolos de segurança devem ser utilizados pela recepção, portaria, funcionários locais, fiscais, candidatos etc, incluindo um reforço nos transportes coletivos nos dias de prova que será maior". Aos estudantes, a médica reitera o uso de máscaras, levando, inclusive, mais de uma; distanciamento físico na entrada do local de prova, banheiros, sala de aula e levar o próprio álcool a 70%.

 

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