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Escolas particulares dizem estar prontas para a volta; professores são contra

Prefeitura de Belém disse que queda de registros de covid-19 pode determinar fim da suspensão das aulas presenciais nas redes pública e privada do município

Dilson Pimentel
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Após o prefeito Zenaldo Coutinho ter ventilado a possibilidade do retorno às aulas presenciais no começo de dezembro, as opiniões se dividem. O Sintepp-Belém, que representa os trabalhadores em educação pública, discorda. Já os donos de escolas particulares dizem estar prontos para o retorno imediato. As aulas foram suspensas nas redes pública e privada no dia 30 de outubro, por meio de decreto municipal.

Na terça-feira (24), o prefeito Zenaldo Coutinho anunciou “a queda no número de casos e óbitos relacionados à covid-19 na capital neste mês de novembro”. Ele afirmou que, de outubro para novembro, ocorreu uma queda muito expressiva nas contaminações e óbitos. “Se essa tendência persistir até o dia 30 de novembro, a Secretaria de Saúde recomenda a possibilidade de retomar atividades em maior horário e das atividades escolares”, disse.

Para a professora Sílvia Letícia da Luz,  coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sintepp-Belém), esse retorno é equivocado. “Não concordamos com as informações do prefeito de que existe um quadro de diminuição de infecção da covid em Belém, assim como não existe no Pará. A taxa de letalidade em Belém ainda é alta. Nós estamos preocupados com a subnotificação que existe, na rede em Belém, sobre casos de covid. Nós, professores e funcionários de escolas, serventes, merendeiros, agentes de secretaria, estamos juntos na escola trabalhando. E isso tem aumentado o nível e infecção na rede, e o Sintepp-Belém denunciou isso intensamente”, afirmou.

“Se o prefeito está pensando nos conteúdos que precisamos trabalhar, ele precisar orientar a Semec (Secretaria Municipal de Educação) a construir um plano pedagógico, que nem isso existe na sala de aula, na escola. Entendemos que é equivocada a posição do prefeito. Que ele discuta o retorno para o ano que vem, quando tiver vacina”.

Sílvia Letícia também afirmou que o prefeito se reuniu com a representante das escolas particulares, “mas nunca se sentou para discutir com o Sintepp. Estamos com quase 50 escolas infectadas, que não foram sanitizadas, e cujos trabalhadores e alunos não foram testados para covid. Os interesses das escolas privadas não pode estar acima dos interesses da maioria da população, inclusive de estudantes e trabalhadores que usam a escola pública”.

Semec garante que adotou todas as medidas de prevenção à covid-19

A Semec garantiu que vem adotando todas as medidas de prevenção à covid-19 estabelecidas no Decreto Municipal nº 97.177/2020, de 1º de setembro, referente ao retorno gradual das aulas presenciais. E ressalta que, desde o início da pandemia, foi elaborado um plano pedagógico para que os alunos não ficassem sem assistência à educação. “Dentre as diversas medidas protetivas instituídas nas escolas, também foi realizada a testagem de todos os profissionais da educação acima de 60 anos. Além disso, em todas as escolas, onde houve suspeitos, foi realizada a sanitização do ambiente, afastamento imediato e testagem”, afirmou. 

E acrescentou que, desde o retorno das aulas no município, a Semec juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), “está fazendo todo o controle, prevenção e acompanhamento da pandemia nas escolas”. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou que, em outubro, foram 4.759 confirmados e 42 óbitos. E, em novembro, 2.260 confirmados e 26 óbitos (isso até 24 de novembro).

Escolas particulares dizem estar prontas para retomada das aulas

Procurando para falar sobre o anúncio do prefeito, o Sindicato da Escolas Particulares informou que os estabelecimentos de ensino sempre estiveram prontos para as aulas presenciais e irão retomar as atividades assim que houver a liberação  por parte das autoridades.  “O Sinepe reforça que segue todos os protocolos sanitários exigidos para atender alunos, professores e servidores com toda segurança”, afirmou.

Procurada, a Associação de Pais de Alunos do Estado do Pará (Apaepa) preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Veja os números de casos confirmados e de óbitos:

Em Março: 1.802 confirmados | 00 óbitos

Abril: 17.341 confirmados | 668 óbitos

Maio: 9.212 confirmados | 1.128 óbitos

Junho: 4.008 confirmados | 188 óbitos

Julho: 3.973 confirmados | 97 óbitos

Agosto: 3.033 confirmados | 65 óbitos

Setembro: 2.238 confirmados | 66 óbitos

Outubro: 4.759 confirmados | 42 óbitos

Novembro: 2.260 confirmados | 26 óbitos (até 24 de novembro)

Fonte: Sesma

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