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Empresas limpa-fossas dizem não ter mais onde jogar as fezes da Grande Belém

Trabalho dessas empresas deve ficar prejudicado, no mínimo, até esta terça-feira (19)

Victor Furtado / Redação Integrada de O Liberal
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Empresários do setor de limpeza de fossas dizem que não têm mais onde tratar todas as fezes colhidas da Região Metropolitana de Belém. No final da manhã desta segunda-feira (18), proprietários e funcionários dessas empresas fizeram uma manifestação. Foi na avenida José Bonifácio, em frente à sede da Companhia de Saneamento do Estado do Pará (Cosanpa), em São Brás. Uma reunião será feita nesta terça-feira (19) para encontrar uma solução para o problema, com participação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

No ato, denunciaram que a única estação de tratamento do órgão, apta a receber as fezes e esgotos, foi fechada. A manifestação não chegou a atrapalhar o trânsito. Verônica Ribeiro, uma das empresárias, disse que das 22 estações de tratamento da Cosanpa, só a da Arthur Bernardes, próxima ao canal São Joaquim, funcionava. Era lá que as empresas limpa-fossas podiam despejar as fezes da Grande Belém, a preços que a categoria considera elevados. As demais estariam inoperantes.

Os empresários receberam um comunicado sobre o fechamento, mas nenhuma orientação sobre o que fazer agora. Verônica estima que dez empresa atuem na Região Metropolitana de Belém. Não há uma estimativa da demanda dessas empresas à Cosanpa ou tamanho total da frota de caminhões. Em média, cada caminhão tem capacidade de 10 mil litros. Alguns dos empresários presentes na manifestação já estavam com todos os veículos totalmente carregados.

Oscar Pires ressalta que o trabalho das limpa-fossas às vezes é para o próprio poder público. Por isso, está preocupado com o que pode ocorrer se a falta de soluções se prolongar. Numa reunião com a Cosanpa, durante a manifestação, foram informados que uma solução só deverá ser apresentada nesta terça-feira (19). Não há alternativas próximas. A estação de tratamento privada mais próxima fica em Barcarena. Por isso, é inviável.

Por enquanto, as empresas não devem mais aceitar novas demandas, pois não terão onde despejar o que recolherem. Oscar se preocupa com os prejuízos financeiros e com o pagamento dos trabalhadores. Verônica se preocupa com o período de chuvas e problemas de saneamento da Grande Belém, que já ocorrem com as limpa-fossas atuando normalmente.


Cosanpa diz que operação das empresas está irregular

Em nota, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) explicou que se comprometeu a receber, em caráter emergencial, por causa do fechamento do lixão do Aurá, em 2015, os dejetos de esgotamento sanitário encaminhados por empresas que atuam em serviços de limpa fossa.

"Na ocasião, ficou estabelecido que seria uma relação comercial - ou seja, as empresas pagariam pelo serviço. As empresas poderiam despejar apenas esgotamento residencial doméstico e, além disso, teriam que fazer o pré-tratamento dos resíduos. Porém, após constatação visual de irregularidades, a Cosanpa solicitou à UFPA a análise química e laboratorial dos resíduos despejados pelos caminhões. Foi constatada a presença de óleos, graxas, resíduos industriais e metais pesados. Além da falta do pré-tratamento", diz a nota.

Diante falta de cumprimento das medidas acordadas e da possibilidade de contaminação, a Cosanpa suspendeu o recebimento. Nesta terça-feira (19) haverá uma reunião no Ministério Público do Estado do Pará para discutir as medidas que serão tomadas a partir de agora.

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