Emoção marca fim da primeira fase de vacinação contra covid-19 para 1 mil voluntários de Belém

Na ocasião, um voluntário foi homenageado pelo poder público e representou os vacinadores que foram linha de frente e a personificação da esperança contra a pandemia

O Liberal
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O voluntariado foi homenageado durante a cerimônia de encerramento da primeira fase da vacinação contra a covid-19 em Belém, realizada nesta quarta-feira (17), no Ginásio Guilherme Paraense (Mangueirinho). O evento dedicado aos profissionais e voluntários foi cercado de emoção, abraços e alívio de quem participou ativamente do trabalho de imunizar os belenenses. Cerca de 1 mil voluntários ajudaram nesta fase de imunização, que ocorreu de 19 de janeiro a 12 de novembro de 2021.

Três profissionais foram celebrados com certificados e representaram os mais de 5 mil trabalhadores da campanha de vacinação. Entre eles, recebeu a homenagem Douglas Galvão, estudante do sexto semestre de Enfermagem, que era voluntário. Ele conta que simbolizar todos os amigos que atuaram nesta campanha foi uma sensação ímpar e inesquecível.

"Ainda estou em êxtase e surpreso com a homenagem. É muito gratificante estar representando os voluntários e, ratificando tudo o que já foi dito, o voluntariado é realmente o sinônimo da campanha de vacinação. Somente gratidão em estar participando desse momento histórico", conta Douglas. Ele começou a participar no dia 5 de março da vacinação e durante esses oito meses, passou por alguns postos e atuou em diversas faixas etárias, até o momento de encerramento da primeira fase. 

"Não tem como explicar o quanto essa experiência vai impactar na minha formação. O Douglas, que começou o trabalho de voluntário lá em março, não é o mesmo que participa desse encerramento. Neste momento, o sentimento que domina é gratidão! Durante as situações mais difíceis desse trabalho, sempre defendi o voluntariado e estarei aqui para o que precisarem", conclui Douglas.

image Uma placa com os nomes dos 5 mil trabalhdores da campanha de vacinação, entre eles os 1 mil voluntários, foi exibida para os homenageados do dia (Tarso Sarraf / O Liberal)

A dor transformada em solidariedade

Depois de ser acometida pelo coronavírus causador da covid-19 e ver 16 familiares perdendo a vida para a doença, a autônoma Rosemira Teixeira Duarte, de 59 anos, conta que clamou a Deus e disse que no momento que surgisse um medicamento, uma vacina ou qualquer outra coisa para ajudar no combate à pandemia, ela estava disposta a ajudar e assim fez. 

"Sempre atuei como voluntária em diversas tarefas e sempre gostei do trabalho de ajudar as pessoas. Durante a vacinação, trabalhei de maneira voluntária durante oito meses, manhã, tarde e a noite e sem medir dificuldades. Dou graças a Deus por ser uma serva dele e do povo. Fiz tudo de coração e se me chamarem outra vez, estarei disposta a qualquer desafio, de braços abertos para vacinar, para qualquer coisa", conta Rosemira.

A voluntária é conhecida pelos postos de vacinação localizados no distrito de Icoaraci e, principalmente, o da Igreja do Evangelho Quadrangular, onde atuou por mais tempo. Ela não atuava na aplicação dos imunizantes, mas era fundamental na organização dos espaços e alimentação de outros funcionários. "Eu comecei com os registros das carteirinhas e depois fui para a limpeza, auxiliei na distribuição de comida para outros voluntários e ia até o fechamento dos postos. Foram dias intensos e que só agradeço a Deus pelas pessoas que conheci, fiz amizades e levarei pra sempre na minha vida", relata a dona Rosemira.

Enquanto assistia às homenagens, a voluntária conta que relembra dos 16 parentes que perderam a vida para a covid-19 e todos que já sofreram com as perdas. "Essa pandemia foi uma guerra que o mundo travou e nós estamos vencendo. Hoje, estamos mais aliviados por estar conseguindo vencer esse vírus e me sinto agraciada de ter participado. Desejo que a vacinação avance para as nossas crianças e que tudo retorne para a normalidade", acrescenta.

O clima festivo e de alívio esteve presente até o final da cerimônia e ganhou um toque especial no encerramento. Com muita emoção, o cantor e compositor paraense Nilson Chaves embalou e entoou, entre os voluntários, os versos que compôs durante o isolamento social que representam bem a emoção de cada um que esteve presente na celebração. "Quando tudo isso acabar, eu vou sair abraçando a vida. Como sempre, ir ao cinema, ver um jogo de futebol, curtir um show, andar pelas ruas, de novo viver tudo isso. O medo se foi, a angústia acabou e é lindo ver o mundo sorrindo".

 

(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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