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Edmilson diz que entregará BRT e que nova avenida será aberta em Belém

Prefeito afirmou que trecho do BRT entre o Entroncamento e Icoaraci fica pronto esse ano

Eduardo Laviano
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Na manhã desta segunda-feira (4), o agora prefeito empossado Edmilson Rodrigues (Psol) concedeu entrevista para o jornal "Bom Dia Pará" da TV Liberal, na qual afirmou que o BRT será concluído na gestão dele e que o trecho entre o Entroncamento e Icoaraci será entregue ainda este ano.

BRT

Na avaliação do prefeito, o BRT Metropolitano ainda não é compatível com o BRT da avenida Almirante Barroso. "Aí imagine: você pega em Marituba e quando chega no Entroncamento precisa pegar outro que circule em Belém? As estações não são compatíveis e o ônibus não passa. O porquê disso eu nem posso dizer que foi briga política, pois os governos eram tucanos [do PSDB, do ex-prefeito Zenaldo Coutinho e do ex-governador Simão Jatene]", afirmou ele.

Rodrigues disse ainda que a nova gestão da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém já está em contato com o Governo do Estado para dialogar sobre as soluções de integração do sistema.

"Na condição de arquiteto e urbanista", como ele próprio salientou, Edmilson se disse crítico ao projeto da maneira como ele foi implantado especialmente pelo volume de recursos públicos que foram utilizados na obra, até agora inacabada.

"Gerou até condenações a um ex-prefeito. Não tem sentido gastar milhões para inaugurar a mesma obra três vezes", afirmou o prefeito, ao anunciar o planejamento de uma licitação no valor de R$146 milhões de reais com foco na drenagem, passeios públicos e adaptações das estações do BRT para que a integração metropolitana avance. 

Nova avenida

Ainda sobre mobilidade urbana, Edmilson anunciou, com exclusividade, um projeto que não constava no programa de governo apresentado por ele aos eleitores em outubro de 2020: a abertura de uma nova avenida em Belém, feita em parceria com o Governo do Estado.

"Eu tive uma conversa, pessoalmente, com o governador. Você já viu o mapa de lá da Baía do Guajará, onde desemboca o canal do Una, o Jacaré, até o da São Joaquim, que chega na Júlio César e entra na mata naquela unidade de conservação que vai além do Médici, na rua da Marinha?", perguntou ele para o jornalista Márcio Lins, que o entrevistava.

De acordo com o prefeito, a equipe técnica da prefeitura irá iniciar o estudo de viabilidade da nova avenida que terá como missão desafogar o trânsito rumo ao centro, que hoje em dia é feito pela trilha Almirante Barroso-São Brás e Pedro Álvares Cabral-Doca.

"São poucas saídas aqui. Temos a oportunidade de criar uma alternativa. Será uma grande obra, revitalizando um rio urbano, quiçá com caiaques, embarcações, voltando a usar o rio e dando a Belém essa condição de cidade ribeirinha realmente", previu. 

Aterro e coleta de lixo

Edmilson afirmou que pedirá uma prorrogação do prazo dado pelo Ministério Público do Pará para que os municípios apresentem a solução para o impasse do aterro sanitário localizado em Marituba, na Região Metropolitana de Belém.

Ele considera o tema complexo, especialmente por exigir licenciamento ambiental de um novo aterro, que teria de ser emitido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade. "Qual o limite do aterro em Marituba? Quantos meses pode segurar? Quantas novas células podem ser criadas? Tudo isso veremos, em reunião com os prefeitos, mesmo os de cidades menores que não possuem tratamento hierárquico. Em breve, espero ter a decisão de qual será o destino", disse.

O prefeito afirmou que a prefeitura irá estipular datas para a coleta de entulhos. Atualmente, a Prefeitura não recolhe entulhos que ultrapassem o volume de um metro cúbico na rua, mas ele não especificou se isso irá mudar.

Edmilson admitiu que isto só será resolvido com uma mudança cultural profunda e que a prefeitura irá se dedicar em campanhas de educação ambiental. "Tem o entulho, que é o fogão velho, a parede da reforma. E tem os resíduos produzidos domiciliarmente. Aquele que é orgânico também é reciclável, pois pode virar adubo através [sic] de compostagem. Vamos viabilizar cooperativas nos oito distritos, com coleta seletiva gerando empresas populares envolvendo pessoas desempregadas", disse ele.

Ele conta que além da orientação da separação de vidro, latas e plásticos, irá retomar os Contêineres Verdes da primeira gestão dele no comando da prefeitura, em 1997. "Vamos trabalhar com a regularização na coleta do lixo em todos os bairros, incluindo nas baixadas, com os carrinhos tipo besouro, que entram nas ruas estreitas, sempre informando a população dos horários", afirmou.

Segundo Edmilson, a educação ambiental abrangerá os carrilheiros, que trabalham informalmente recolhendo lixo nas periferias da cidade. "O carrilheiro é um cara humilde que é chamado pela população e quer ganhar o dinheirinho dele. Vamos criar estações para eles, no caso do entulho, para que possa ter local para colocar sem infectar nada e informar as cooperativas para que haja integração", contou ele durante a entrevista. 

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Belém
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