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No Dia Mundial de Combate ao Diabetes, saiba como evitar a doença

Só em Belém, 6,2% da população é diagnosticada. Cuidados são necessários para evitar o problema.

Cleide Magalhães
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Nesta quarta-feira (14) é lembrado o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, 7,7% da população adulta brasileira foi diagnosticada com a doença em 2018. As mulheres são as mais afetadas, com um percentual de 8,1% - portadores homens são 7,1%. De acordo com dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 6,2% da população de Belém tem diabetes, colocando o município entre as capitais com menor incidência da doença.

O percentual de mulheres de Belém que apresentaram o diagnóstico aumentou 33,3%, entre os anos de 2006 e 2017. Há 11 anos, o percentual de mulheres que tinham identificado a doença era de 5,1%, agora o índice passou para 6,8%. Apesar de apresentarem percentuais parecidos em 2006, o número de homens com diagnóstico de diabetes teve pequeno aumento de 9,8%, e foi menor do que elas no ano passado (5,6%). 

Para a endocrinologista Flávia Cunha, os dados da pesquisa servem para alertar a população neste Dia Mundial. ”Falamos e tratamos sobre o assunto com pacientes, com os estudantes de diabetes e profissionalizando os residentes o ano inteiro, mas neste mês de novembro é um tempo que temos para alertar ainda mais a população sobre o que é a doença, as complicações, as formas de prevenir e melhorar o ritmo de vida para diminuir os riscos de progressão para o diabetes”, afirma a médica, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Pará.

A endocrinologista esclarece que o diabetes é caracterizado pelo excesso de glicose no sangue, causado pela deficiência do hormônio insulina. Ela é uma doença crônica, não transmissível e adquirida por diversos fatores, como genético e ambiental.

Ainda segundo ela, a maioria dos casos de diabetes é o tipo 2, que afeta adultos principalmente a partir dos 40 anos e está mais relacionada com os hábitos de vida como sedentarismo, que ajudam a levar à obesidade, e a má alimentação. "É importante estar atento à doença também pelas complicações relacionadas, como renais, retinopatia, cardiovascular (infarto e Acidente Vascular Cerebral - AVC)”.

O diabetes se divide em dois tipos. O tipo 1 acomete de 5 a 10% das pessoas com diabetes. O tipo 2 aparece em mais de 90% dos casos. Quando são necessários medicamentos ou a suplementação de insulina para controle da doença. “Em ambos os casos, atividades físicas e alimentação ajudam a controlar o avanço da doença que, dependendo do quadro, pode ser fatal”.

Os principais sinais de diabetes são urinar em demasia, sentir muita sede e perda de peso. "Esses sinais aparecem quando o diabetes já está com a glicemia mais alta no sangue. No início, os sinais acabam sendo inespecíficos." Por isso, é importante o rastreio e a realização dos exames de rotina, que são exames de sangue para o diagnóstico: glicemia e hemoglobina glicada.

Para prevenir e evitar o acometimento do diabetes, é fundamental ter mudança nos hábitos de vida como garantir alimentação nutricionalmente balanceada, atividades físicas, evitar alimentos gordurosos, calóricos e industrializados, evitar o tabagismo e álcool em excesso.

Ações no Pará

Em função do Dia Mundial de Combate ao Diabetes, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Pará realiza ações nos hospitais Jean Bitar, João de Barros Barreto e Cesupa, que são centros que possuem residência médica em Endocrinologia. Ao longo deste mês, as atividades oferecem orientações aos pacientes, além de dosagem de glicemia e de hemoglobina aplicada.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que, por ocasião da data, reforça o alerta para que as pessoas procurem as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de verificar a possível ocorrência da doença e à necessidade de adesão ao tratamento gratuito associado às mudanças de hábito e estilo de vida.

A população pode procurar as unidades, que oferecem orientações capazes de reduzir as complicações do diabetes associadas a outros fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada e sobrepeso e obesidade. “Por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente, pode ocasionar complicações como doenças cardiovasculares, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros”, alerta a Sespa.

O atendimento possibilita a geração de informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso, é preciso que o paciente passe por consulta com médico clínico na UBS.

Pelas estimativas do Sistema do Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DataSUS), 60% dos pacientes cadastrados para tratamento de diabetes no Pará são do sexo feminino. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos e homens na faixa de 60 e 64 anos.

As estatísticas também mostram que o quantitativo de internações por diabetes no Pará, entre primeiro de janeiro e 30 de setembro deste ano, foi de 4.474, o que representou uma redução de 5% de casos em relação ao mesmo período do ano passado. Das internações realizadas nos nove primeiros meses deste ano, as mulheres corresponderam ao percentual de 55%.

Atendimento em Belém

Em alusão ao Dia de Combate ao Diabetes, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) visa incentivar a população a procurar as unidades de saúde para prevenir a doença e identificar novos portadores da doença.

Para prevenir e tratar o diabetes, em nota, a Sesma afirma que desenvolve o programa HiperDia, destinado ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus, atendidos na rede ambulatorial do SUS. O atendimento permite gerar informação para distribuição de medicamentos de forma regular a todos os pacientes cadastrados e promover atividades preventivas.

O paciente atendido no HiperDia recebe orientação nutricional, para aprender e implantar hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação com menos açúcar e sal, e apoio do serviço social. Nas unidades de saúde, a Sesma também fornece os insumos para verificação diária da taxa de glicemia (açúcar no sangue).

Paralelamente ao acompanhamento ambulatorial, o paciente cadastrado no HiperDia participa de atividades físicas, promovidas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF’s), numa perspectiva da prática de hábitos saudáveis, controle do peso e qualidade de vida. 

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