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Dia da Paz: conheça histórias de esperança, felicidade e superação e fique bem o ano todo

Marcado pelo Dia Mundial da Paz e da Confraternização Universal, o período evoca sentimentos que podem ir além da data

Camila Guimarães
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No dia primeiro de janeiro, há cerca de 56 anos, é comemorado o Dia Mundial da Paz – data instituída pelo Papa Paulo VI com o objetivo de promover a paz no mundo e estimular que indivíduos e governos sejam promotores da paz entre a humanidade. A data também é marcada pelo Dia da Confraternização Universal, que traz o mesmo espírito, incentivando que pequenos grupos, mas também povos e nações se unam em prol da harmonia entre os seres humanos. Essa data comemorativa é, inclusive, feriado nacional no Brasil.

Não é à toa que, no mundo todo, diferentes culturas celebram o dia de maneiras distintas, porém, sob um mesmo prisma de positividade, esperança e união. Com a expectativa de superar desafios e diferenças, esses benefícios se tornam desejos mais intensos nessa época do ano, e marcam presença em listas de sonhos e metas para o novo tempo que começa. Nesse clima, a reportagem de O Liberal reuniu histórias que são marcadas justamente por esses conceitos. Confira:

image Eli Alves ajuda pessoas a alcançarem o equilíbrio entre mente, corpo e espírito através da psicologia e terapias. (Thiago Gomes / O Liberal)

Paz e esperança no dia a dia

Em um mundo com guerras, injustiças, tragédias naturais e bombardeio de informações e demandas a todo o momento, muitas pessoas acham que um estado de espírito de paz e esperança é algo impossível de alcançar, apesar de ser um bem desejado por muitas pessoas. Entretanto, para a psicóloga clínica e terapeuta vibracional, Eli Alves, paz e esperança são beneses concretas e podem ser acessadas por vários caminhos. Eli explica que tudo começa a partir da reconexão do indivíduo consigo mesmo.

“O problema é que, a maior parte do ano, esse tipo de bem-estar não está no foco das preocupações. As pessoas sempre estão muito ocupadas, ligadas ao calendário, pensando na correria do dia a dia. Aí quando chega dezembro, que elas têm mais tempo e existe esse apelo maior à introspecção e à renovação, a sensibilidade das pessoas fica muito aflorada e elas passam a buscar mais esse bem-estar, paz, esperança. Mas não são coisas para se buscar apenas no fim de ano, mas todos os dias", diz Eli.

image Terapias auxiliam na busca por bem-estar e prolongam a sensação de paz ao longo do ano. (Thiago Gomes / O Liberal)

Para a especialista, existem muitos caminhos na psicologia e na medicina alternativa a serem explorados para alcançar estados de paz e equilíbrio. Entre diversas modalidades, ela destaca a yoga, terapia vibracional, ocupacional, holística, Terapia Vibracional Tameana, Sistema Arcturiano de Cura Multidimensional e Barras de Access. Em várias delas, Eli aponta que uma técnica em comum muito eficaz é a respiração. Ela explica o por quê:

"Cada vez que a gente acorda, abre os olhos, é como nascer de novo. Esse primeiro fôlego é tudo, é vida, é o primeiro sentido da existência. Por isso, se você está consciente da sua respiração, você entra em um estado de presença, conectado com seu corpo, com você mesmo. Você entra em estado de permissão - é aí que os milagres acontecem”.

Para a psicóloga, o estado de permissão é uma disposição do indivíduo a aceitar o inesperado do dia a dia, tanto as coisas boas quanto ruins. Dessa forma, as pessoas conseguem minimizar e até prevenir males como estresse e ansiedade.

image Stephanie Trindade e a filha, Laura (3), comemoram um ano após a cirurgia de risco da criança. (Thiago Gomes / O Liberal)

Superação para renovar a vida

Testemunhar histórias de superação também traz esperança e inspira uma vida mais feliz. Quem viveu sonhos que antes apenas imaginava, tem as expectativas renovadas para o tempo que há por vir – é o caso de Laura Trindade, criança de três anos de idade que lutou contra uma doença rara e hoje celebra cada passo no caminho da recuperação.

Em dezembro de 2023, Laura completou um ano desde a cirurgia que foi um divisor de águas em sua vida, em vista do tratamento de uma doença congênita rara chamada craniossinostose. A condição acomete uma a cada 2.000 ou 3.000 crianças no mundo e é caracterizada pelo fechamento precoce dos ossos do crânio. Laura foi diagnosticada tardiamente, quando tinha um ano e meio de idade, depois que sua mãe, Stephanie Trindade, insistiu para descobrir a causa das fortes dores de cabeça que a menina sentia.

A doença causava intensa pressão dentro do crânio, o que afetava o desenvolvimento neurológico e psicomotor da criança. O tratamento demandava uma cirurgia que não era apenas de alto risco, como também de alto custo, cerca de R$ 120 mil. Stephanie lembra que a família precisou fazer uma campanha para arrecadar doações e tentar bancar o procedimento. Foram meses de angústia até conseguir realizar a operação, por meio do sistema público de saúde, e reverter a quantia arrecadada para o pós-cirúrgico. Hoje, Stephanie celebra a evolução da filha ao longo do primeiro ano, após a cirurgia.

image Cada passo de Laura, hoje, é uma conquista - diz Stephanie Trindade. (Thiago Gomes / O Liberal)

"A gente percebeu que, depois da cirurgia, a Laura melhorou muito da irritabilidade que ela tinha. Agora ela consegue dormir a noite toda. Antes ela não falava nada e agora já consegue falar muitas coisas, ela já anda, já brinca. Está muito melhor”.

Laura também comemorou aniversário com uma festa pela primeira vez este ano, com ainda mais saúde para aproveitar o momento junto de amigos e familiares. A expectativa da família para o ano que vem é que a menina dê um passo rumo a uma nova conquista: estudar. “ Este ano a gente focou mais nas terapias que ela faz, como com a fonoaudióloga e com o médico da cirurgia dela, com quem ela vai ter acompanhamento ainda por alguns anos. Mas para o ano que vem a gente vai entrar com a escola, ela vai estudar. Se Deus quiser, ela vai poder interagir com outras crianças, socializar mais”, conta Stephanie.

Para quem viveu o drama de ver a filha recebendo um diagnóstico tão grave e, hoje, faz planos para um futuro cheio de possibilidades, Stephanie descreve a sensação de alívio: “Entregar um filho para uma cirurgia complexa que levaria horas foi, de fato, a maior prova de que Deus é maravilhoso. E reviver tudo que aconteceu desde o dia do diagnóstico, processo na correria para consegui a cirurgia, a espera e o grande dia, sem dúvidas, foi a maior provação. Hoje tenho gratidão pelos médicos e por todos que nos ajudaram até aqui”.

Felicidade sem motivo

"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade", ousou definir o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade a respeito de um dos desejos humanos mais primordiais, cuja busca tem sido um empreendimento comum da humanidade ao longo da história. Há quem sinta que a felicidade é sempre um porvir. Porém, também há quem a tenha como uma velha conhecida.

A aposentada Adail Guerra, de 92 anos, certamente faz parte do segundo grupo. Ela afirma que é uma pessoa feliz, reconhecida por essa característica entre amigos e familiares. O motivo seria ter aprendido a ver a vida como um dom. Mas Adail destaca que não é uma consciência que chegou recentemente, um mero fruto da idade.

"Hoje, com minha idade, eu não sou nem mais feliz, nem menos feliz que antes. Eu sou igual. Sou uma pessoa que me considero realizada, não cem por cento, mas realizada. Eu tenho uma vida satisfeita, não tenho do que reclamar, só pelo que agradecer", afirma.

image Adail Guerra celebra a felicidade ao lado do esposo, há mais de 60 anos. (Arquivo Pessoal / família Guerra)

Mãe de quatro filhos, avó de oito netos e bisavó de um bisneto, Adail já trabalhou em casa e também foi professora e comerciante. É casada há mais de 60 anos com o esposo, Francisco Guerra, com quem destaca que tem uma vida baseada em companheirismo e cumplicidade. "E ainda sentindo prazer na companhia um do outro", pontua. Para ela, essas coisas também fazem parte da sua felicidade.

Períodos de festa, como o Réveillon, são momentos de celebração desse sentimento, considera Adail. Ela afirma que ter momentos assim são fundamentais para percepção da felicidade, já que ficam marcados na memória. "[Esses encontros são muito importantes] porque a vida é uma lembrança. O que estou falando com você agora, daqui a pouco é passado. Se não fizermos as festas, as alegrias, nós não teremos lembranças", ensina.

A presidente do Conselho Regional de Psicologia da 10ª Região Pará e Amapá, Jureuda Duarte Guerra, também garante que a felicidade pode ser uma constante e não apenas uma emoção pontual, a partir de uma tomada de consciência:

"Nós temos uma sociedade extremamente consumista, que vende a felicidade em cápsulas, engarrafada, por meio de produtos, sempre trazendo essa perspectiva da felicidade de fora pra dentro. Mas pensadores muito antigos, como Aristóteles, já apontavam a felicidade como algo obtido internamente", diz.

Jureuda explica que a perspectiva da felicidade "de fora para dentro" coloca em risco o sentimento de satisfação e alegria das pessoas, pois "nem sempre as condições externas podem estar boas. É possível que alguém não tenha o emprego, o presente ou a saúde que gostaria e viva na angústia de que a felicidade 'aconteça' para ela". Por isso, ela orienta que as pessoas sigam o caminho inverso com base no modelo psicoterápico da Gestalt-Terapia:

"É importante entender que a felicidade de verdade está em nós e não depende do outro. A base do pensamento da Gestalt-Terapia é um convite para nós entendermos que eu não estou neste mundo para satisfazer ninguém e que o outro não tem que nos satisfazer também. Parece egoísta, mas na verdade diz respeito sobre não impor expectativas e pressões que acabam frustrando a felicidade. Se nós entendermos isso, não sofreríamos tanto esperando a felicidade. Ela está em nós, não no outro eu em alguma coisa e não se vende”.

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