Dia dos Namorados: conheça histórias de encontros inesperados e amizades que viraram amor

De um encontro por acaso e até mesmo amizade, casais compartilham histórias de vínculos que foram além

Gabriel Pires

Em um mundo onde as formas de se relacionar são cada vez mais diversas, casais enfrentam o desafio de cultivar vínculos à distância, transformar amizades em romances ou simplesmente adaptar o amor ao ritmo de cada um — considerando e entendendo as particularidades do parceiro. Neste Dia dos Namorados, comemorado nesta quinta-feira (12), histórias de quem encontrou jeitos únicos de amar mostram que a paixão vai muito além de um sentimento passageiro.

História de amor que une uma moradora do Acará com um morador de Ananindeua

De forma inusitada, o destino uniu a professora Mônica Barbosa, de 50 anos, e o assistente social José de Ribamar Fernandes, 56. Ela, morando no município de Acará, no nordeste paraense, e ele, em Ananindeua, se encontraram em um evento de trabalho que, para Ribamar, transformou a coincidência em amor à primeira vista há cerca de dois anos. “Nos conhecemos em um evento que ele estava coordenando. Fui levar um aluno em uma conferência. A gente ficou conversando no evento e pós-evento”, lembra Mônica.

“Desde então, depois do evento, a gente começou a conversar, trocar mensagens. Ela sumiu um tempo aí. E, até então, entendendo a dinâmica de trabalho dela, que é muito corrida, e aí eu esperei. Fiquei muito preocupado com a minha assistência, que poderia gerar uma inconveniência. E decidi que iria esperar ela se manifestar, dizer qual final de semana daria para nos ver. Fomos conversando e, a partir disso, estamos nos vendo todo fim de semana”, conta Ribamar.

No dia a dia, mesmo longe, o casal faz questão de criar memórias afetivas: “A gente fica o tempo todo lembrando que estamos lembrando um do outro. E o futuro a gente está planejando”, diz Mônica. “Para mim, estando com o Ribamar, todo dia é Dia dos Namorados, porque ele sempre faz questão de me lembrar disso, que está pensando em mim e está com saudade. Agora vai ser uma data especial, porque a gente vai passar o primeiro ano juntos [como um casal] e sendo o primeiro Dia dos Namorados”, acrescenta. Hoje, mesmo com a distância entre os dois municípios, o casal mantém um relacionamento cheio de sentimento e com encontros presenciais sempre que possível.

image Casal costuma passear nos momentos livres (Foto: Cristino Martins / O Liberal)

Amizade que virou amor

Em meio a essas demonstrações de afeto, também há casos em que a amizade se transforma em namoro. Colegas de turma na faculdade, a estudante de jornalismo Evelyn Ludovina, de 20 anos, e o também graduando do curso de comunicação Raul Martins, 25, se tornaram muito próximos por conta de amigos em comum e perceberam que essa relação poderia virar amor. “A gente se conheceu na universidade e entrou no mesmo ano. Eu entrei por processo seletivo normal e ele entrou por meio de uma prova para trocar de curso”, diz.

“E ele era de outro curso e trocou para fazer jornalismo. Nos conhecemos por amigos em comum e fazendo parte do mesmo grupo de colegas. A gente foi se aproximando. Ficamos muito amigos. E, durante vários meses, todo mundo sempre falava que a gente era muito fofo junto, que a gente parecia um casal. E ainda, morávamos muito perto, na época, então a gente sempre pegava o mesmo ônibus para ir e o mesmo ônibus para voltar para casa. Quando foi no final de 2022, a gente não se separou mais”, relembra Evelyn.

A admiração e o companheirismo fortalecem o relacionamento do casal, como frisa a jovem: “Estamos há dois anos e três meses. Temos algumas diferenças, como qualquer outro tipo de casal, mas nada que gere conflitos. Eu admiro muitas características no Raul. Admiro o fato de ser uma pessoa que corre atrás do que quer. E isso contribui tanto para a parte da vida pessoal quanto para a parte profissional. Como a gente faz o mesmo curso na faculdade, tem muitas coisas que eu me inspiro nele. Ele é um profissional que me inspira”.

image Jovens compartilham o mesmo curso (Foto: Arquivo pessoal)

Raul também conta o que tem unido os dois: “Acredito muito que o que tem feito dar certo para a gente é a nossa confiança, respeito e companheirismo. Esses são três pilares que todo e qualquer relacionamento precisa ter para ter uma boa convivência”. “Éramos amigos no mesmo curso e sala da faculdade. Acredito que isso foi fator determinante pra gente estarmos juntos até hoje, nesses 2 anos, sermos amigos, antes mesmo de sermos um casal”, afirma.

“Mesmo sendo novos, a gente nunca pensou nesse relacionamento como algo que seria passageiro. Desde o começo, sempre fizemos planos a longo prazo, e com o tempo fomos aprendendo a melhorar isso, com paciência, muito diálogo e vontade de crescer juntos. Confiança, amor e parceria são a base de tudo. Acima de tudo, a gente é muito amigo, e isso faz toda a diferença. A gente se apoia, conversa sobre tudo e vai construindo nossa relação dia após dia”, observa Evelyn.

Caminhos para uma relação saudável

Para uma relação duradoura e saudável, a psicóloga Rafaela Guedes observa que a chave está no diálogo, respeito, honestidade e clareza sobre os sentimentos do casal. “E acolher, com respeito e cuidado, também os sentimentos do outro. É necessário esse espaço para diálogo e o respeito às diferenças que, muitas vezes, têm a ver com a forma de compreender o mundo e com os valores do outro, mas considerar o que o outro diz, o que é importante para o outro, assim como para o par que está ouvindo”, pontua a psicóloga.

“Negociar e saber onde ceder e saber o que manter é fundamental para qualquer boa relação, para qualquer relação com um bom equilíbrio. Preservar aquilo que é caro para o outro, mas é barato para você e você pode abrir mão. E do mesmo modo com a parte oposta. Saber ceder é um dos pilares fundamentais de um bom relacionamento e de uma relação duradoura”, aconselha Guedes.

No dia a dia, a psicóloga também enfatiza que é essencial não abrir mão do otimismo, sendo esse um dos caminhos para um relacionamento saudável. Ela ressalta ainda a importância de equilibrar a presença do casal na vida um do outro — para evitar desgastes. “Uma das coisas mais fundamentais é o bom uso do senso de humor, que traz leveza para as adversidades, tensões, desafios e estresse do dia a dia em qualquer relação, especialmente no casal”, pondera Rafaela.

“Já o conflito por conta da divergência de ideias e o excesso de tempo juntos na rotina, sem experimentar algo novo, como uma viagem, um jantar com pouco senso de humor, esses são fatores de risco para que uma relação possa vir a se desgastar com o tempo e não ser saudável. Então, tudo que é o oposto disso vai ajudar a prosperar e a manter um relacionamento feliz, equilibrado, bom e prazeroso”, acrescenta a especialista.

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