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Amazônia tem 18 unidades de conservação

O Instituto IPÊ é uma das instituições que atua na rede de monitoramento e proteção das unidades de conservação

Gabriel Pires
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Como forma de despertar a consciência da população e promover ações sustentáveis, é celebrado neste domingo (22), o Dia Internacional da Biodiversidade, que foi criado em 1922. A data tem o ensejo de estimular a conservação da diversidade biológica dos ecossistemas. Para resguardar essa diversidade natural, na região amazônica, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atuam com um projeto de Monitoramento Participativo da Biodiversidade, em 18 unidades de conservação na região amazônica.

De acordo com a lei nº 9.985, denominada Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), esses territórios detêm tratamento específico, pois estão situados em áreas que possuem maior apelo para preservação devido às suas características naturais. A Amazônia, por sua vez, se destaca pela sua riqueza biológica, além de grande extensão territorial. 

Segundo o IPÊ, é necessário intensificar ações de cuidado, principalmente, em meio aos efeitos causados pela crise climática, que, cada vez mais, são sentidos pela sociedade. Por isso, o Instituto, em conjunto da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID, Programa ARPA, além de mais outras 20 instituições locais, atuam no desenvolvimento do monitoramento desde 2013.

Para Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ, o cenário de degradação ambiental é evidente nos próximos anos. Seja ele por meio do desmatamento ou de mudanças climáticas. Por outro lado, a própria população vem despertando a consciência sobre a pauta nos últimos anos, ressalta ele.

“Estamos cada um da sua forma fazendo uma contribuição para aliar o desenvolvimento do planeta ao desenvolvimento das pessoas, das organizações, da sociedade de forma compatível com os recursos socioambientais”, afirmou o diretor.

Além das entidades envolvidas, o projeto reforça a participação popular, com a inserção da sociedade na luta ambiental. As pessoas que moram nas unidades de conservação ou habitam em torno delas, são atendidas com cursos e capacitações que as tornam também responsáveis pelo monitoramento. O Instituto afirma que, ao longo dos anos, mais de 4.000 moradores das comunidades já foram contemplados pelo projeto. 

“Sempre envolvemos comunidades locais para contribuir não apenas com o ambiente, a conservação da biodiversidade, mas com a qualidade da vida das pessoas, nós sabemos como chegar lá”, reforça Suzana Padua, presidente e co-fundadora do IPÊ.

Impactos positivos

A atuação do IPÊ vem surtindo efeitos positivos e tem a expectativa de amparar 20 mil pessoas anualmente nos próximos 5 anos, para que o cuidado com os ecossistemas possam ser intensificados. Outra preocupação do instituto é mudar o cenário de espécies que estão na lista vermelha e ameaçadas de extinção, a restauração de florestas e  proteção de cursos d’água.

Na educação, a atuação se destaca com a Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (Escas), onde disponibiliza cursos livres, além de especializações de pós-graduação. Para além da Amazônia, em 30 anos de atuação, o instituto realizou o plantio de quase 6 milhões de árvores na Mata Atlântica, além de mais de 5,5 milhões na região do Pontal do Paranapanema e 400 mil no Sistema Cantareira. Os próximos passos é atingir a marca de 150 milhões de árvores plantadas. 

Sobre o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ)

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), atua desde 1992 e começou com o Projeto do Mico Leão-Preto, que focava em desenvolver pesquisas e ações relacionadas à conservação da mesma espécie que nomeava o projeto. No decorrer da sua atuação, foi percebido que era necessário a participação ativa da comunidade, a partir da sensibilização de estudantes, lideranças locais e do poder público para preservar a biodiversidade existente no território brasileiro. Reconhecida nacional e internacionalmente, o IPÊ reúne mais de 50 prêmios.

O Dia Internacional da Biodiversidade

Em um encontro global no ano de 1992, iniciou-se um processo para coleta de assinatura relacionada à Convenção sobre a Diversidade Biológica. O ato então possibilitou debates sobre o tema, firmando o Dia Internacional da Biodiversidade. Aós 2000, a data é comemorada, anualmente, em 22 de maio.

 

(Gabriel Pires, estagiário sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

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