Despedidas recentes marcam Dia das Mães em cemitérios de Belém

Familiares aproveitaram o dia para prestar homenagem às matriarcas falecidas

Lucas Costa
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O segundo dia das mães no Brasil ainda sob as circunstâncias da pandemia de coronavírus, representou um momento de relembrar perdas para muitas famílias. Em Belém, cemitérios tiveram movimentações moderadas ao longo da manhã, com familiares prestando homenagens a parentes falecidos, principalmente mães.

No cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, muitas famílias visitaram túmulos para prestar homenagens. As irmãs Graça e Vera Viana visitaram o túmulo da mãe, falecida há cinco meses. As duas fazem parte de um grupo de oito irmãs, e passaram o primeiro dia das mães sem a sua.

“Foi muito triste, e está sendo muito. Estamos com muita saudade. Quando vai um ente querido a gente sente muita saudade e falta daquela convivência com a gente”, relembram as duas.

A mãe se chamava Pureza Viana, e faleceu aos 98 anos devido a um problema no coração. As irmãs exibem camisas estampadas com a foto da mãe ao lado da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, uma das homenagens feitas para a data.

“Viemos todas juntas. Chegamos lá, fizemos um terço, rezamos um terço porque somos católicas e ela era muito também. Somos da Paróquia São Domingos de Gusmão, da Terra Firme, bairro onde ela também morava. Rezamos o terço, acendemos vela, botamos flores para homenagear ela, e cantamos os hinos que ela gostava e cantava junto com a gente”, contam Graça e Vera, que se emocionam ao falar da mãe.

“A mamãe era muito boa, pra mim ela era uma santa aqui na terra”, diz Graça. “Era um exemplo de mãe. Muito boa, caridosa, muito fervorosa com Nossa Senhora de Nazaré, ela dizia: ‘minha boa amiga é Nossa Senhora de Nazaré’”, completa Vera.

Ainda no Cemitério Santa Izabel, Maria das Graças também visitava o túmulo da mãe em seu primeiro dia das mães longe dela. A mãe de Maria das Graças partiu há um mês, aos 91 anos, com um quadro de insuficiência respiratória. “Eu era a mãe dela, ela me chamava de mãe”, relembra.

image Na expectativa do grande número de visitas aos cemitérios, a direção das necrópoles recobraram os cuidados de proteção contra a covid-19 (Cláudio Pinheiro / O Liberal)

“O primeiro dia sempre é triste, só que ou ela ou Deus estão me confortando, porque eu tenho que entender que chegou o momento dela, e ela está melhor do que nós. De lá, iluminando a gente aqui”, diz Maria.

No Cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, também havia clima de primeiro dia das mães com a falta da figura principal. Elcilene Farias visitava junto aos filhos, o túmulo de sua mãe, falecida há três meses.

“Foi um momento muito difícil, porque eu nunca imaginava perder a minha mãe, ela me faz muita falta, e eu morava junto com ela. Não tenho palavras”, diz Elcilene sobre a perda da mãe.

Com a expectativa de grande número de visitas aos cemitérios na data, alguns tiveram protocolos de proteção contra a covid-19. No Cemitério Santa Izabel, por exemplo, houve medição de temperatura e distribuição de álcool em gel na entrada. Entrada e saída do local também eram realizadas por portões distintos, para evitar aglomerações. Havia ainda uma terceira entrada exclusiva para sepultamentos.

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