Demissões impedem que a frota de ônibus nas ruas seja de 80%, diz sindicalista
Presidente do Sindicato dos Rodoviários de Ananindeua e Marituba disse que é impossível cumprir a determinação judicial por falta de pessoal. "No máximo 50%", diz.
No segundo dia de greve dos rodoviários da Região Metropolitana de Belém, a deterimnação judicial de que pelo menos 80% da frota de quase 2 mil ônibus não tem como ser cumprida. A afirmação é de Huelem Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (Sintram). Ele diz que não há trabalhadores o suficiente devido as demissões dos últimos meses.
"Muitos carros não saíram das garagens porque a redução de quadro, durante esses meses, fez com que as próprias empresas não sejam capazes de cumprir essa determinação dos 80%. E quem sofre com isso é a população. Estamos fiscalizando as portas das garagens para garantir que os carros sejam liberados para sair para não pagarmos as multas. Mas no máximo 50% podem estar sendo cumpridos", diz Huelem.
O sindicalista também destaca que essa incapacidade de pessoal foi informada durante a audiência desta quinta-feira (27), entre rodoviários e empresários, com mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8). "Nos últimos dois anos, foram 600 demissões só em Ananindeua e Marituba. O resultado é esse: garagens cheias de carros", concluiu Huelem.
A Redação Integrada de O Liberal tenta contato com o Setransbel para comentar essa afirmação.
Além de uma nova audiência às 15h, pelo TRT 8, há uma reunião com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), às 9h.
Os veículos do Grupo Liberal seguem na cobertura da greve dos rodoviários da Grande Belém. Acompanhe!
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