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Defesa Civil de Belém completa 37 anos; em 2021 registrou quase 4 mil vistoriais técnicas

Além das vistorias, Defesa Civil lançou site e sistema de monitoramento de risco geológico

Emanuele Correa / O Liberal
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A Comissão Municipal de Defesa Civil de Belém (COMDEC) completa, nesta segunda-feira (13), 37 anos de atuação. De 1° de janeiro a 3 de dezembro de 2021, foram registradas 3.695 vistorias técnicas nos bairros do município. Além dos atendimentos, a COMDEC criou um sistema integrado que mapeia áreas de risco geológicos e que é útil para prevenir desastres e lançou o site, onde a população pode solicitar as vistorias.

Christiane Ferreira, presidente da COMDEC está há um ano à frente da gestão e faz um balanço positivo, não só do trabalho da Defesa Civil de Belém, mas das parcerias estabelecidas ao longo deste ano. "Foram muitos avanços e não foi uma ação isolada da Defesa Civil. Muito do trabalho da Prefeitura e da Sesan impediram que tivéssemos muitos desastres e, por isso, foi possível fazer um trabalho e uma ação preventiva. Conseguimos preventivamente fazer um mapeamento de risco geológico com o CPRM e outra ação de importância foi a implantação do sistema que permitiu todos os lançamentos de atendimento dos atendimentos de Janeiro a Dezembro. Além da parceria com o PCT – Guamá. Hoje eu consigo dizer quantos bairros foram atendidos, quais atendimento e conseguimos fazer um planejamento não só da defesa mas de outros órgãos e ajuda a sociedade", afirma.

O trabalho da Defesa Civil consiste na redução dos riscos de desastres e ações de conscientização, além de mobilização dos poderes públicos e atendimento à comunidade atingida. Christiane destaca a parceria com o Centro Integrado de Operações (Ciop) que possibilita o acionamento das equipes 24 horas por dia, por meio do número 190. Principalmente, chegar até as pessoas mais carentes. "95% do nosso público é carente. Nós realizamos vistorias de todas as naturezas. Os 5% ficam para órgãos públicos, pessoas que têm condições, mas solicitam.  Mas a vulnerabilidade social faz com que a gente chegue nessas pessoas que precisam do documento para solicitar seu auxílio aluguel e o sua casa - antigo cheque moradia -, aí o engenheiro faz a vistoria, emite o documento e a pessoa pode solicitar o auxílio", contou.

Acionamentos

Sobre as principais demandas que a Defesa Civil de Belém recebe, Christiane Ferreira aponta que 100 atendimentos são realizados por semana, em todos os bairros de Belém, e que os principais são estruturais, em imóveis. "Não tivemos tantos incêndios. Geralmente o segundo semestre é o período que aumenta. E por mais que tenhamos incêndio, foi um número menor do que o do ano passado. Por causa das campanhas educativas", explicou.

"A nossa maior demanda são estruturas de imóveis. As pessoas nos procuram para fazer vistorias de fissuras e rachaduras em imóveis. Muitos imóveis são feitos sem engenheiros. E essa procura é positiva, porque demonstra que o nosso trabalho está chegando às pessoas... Alagamentos e inundações foram bastante no começo do ano, e a Sesan fez um trabalho incisivo em 100 dias e diminuiu nossas ações de desastre e pudemos fazer a conscientização e trabalho preventivo", argumentou.

Ferreira relembra o começo da gestão de 2021 e o cenário de apenas dois funcionários e nenhum plano de atuação deixado para a atual equipe e, por isso, reforça que o planejamento e o trabalho integrado com as demais secretarias, não só do município, mas Estadual e Federal foram importantes. "Chegamos aqui e só tínhamos 2 funcionários. Quem trabalha com 2 funcionários? Hoje a defesa civil conta com vários cargos, assessoria de comunicação, assistente social, até porque, a função social é da Funpapa, mas quem chega primeiro é a defesa civil. Então, faz o encaminhamento. E é importante destacar o trabalho com as secretarias, com o Estado. O mapeamento, é importante para ressaltar, que por meio da Segup, conseguimos fazer o levantamento das 39 ilhas. Foi disponibilizada as embarcações para irmos às ilhas. O mapa será entregue à prefeitura de Belém", completou.

A presidente da Defesa Civil relatou se sentir honrada em fazer parte destes 37 anos e, principalmente, de ver mudanças significativas sendo promovidas no último ano, mas destaca o empenho do voluntariado e da população, que também são indispensáveis para arrecadar itens básicos para quem perdeu tudo em catástrofes, segundo ela. "Defesa civil somos todos nós. Este é o sentimento que levamos à população. Se você fizer a sua parte e eu a minha, estaremos menos sujeitos a acidentes. Trabalhando com o social e em benefício de todos. A defesa não é feita só com servidores, mas de voluntários. Estamos regularizando isso. E ano que vem vamos abrir cadastro de voluntários... Gostaria de fazer um agradecimento especial aos doadores. Você pode doar uma peça de roupa. Você estará ajudando as pessoas. E quando você doa, você deixa de descartar. Não jogue fora, doe. Fazemos a busca. A pessoa liga e nós vamos buscar"

George Ricardo, conhecido como Gegê entre os colegas, está há 12 anos na Defesa Civil e conta que sente orgulho de fazer parte dessa história e ser o funcionário mais antigo e, principalmente, de ajudar quem mais precisa. "É um órgão que eu tenho muito orgulho. Me sinto um funcionário exemplar e de capacidade. É bom a Defesa Civil ajudar as pessoas carentes. E a defesa civil está aí para isso. Temos uma história já, são 37 anos escrevendo nossos nomes nesta história", finalizou.

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