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Confira os cuidados para evitar acidentes com a decoração de final de ano

Este ano, Hospital Metropolitano atendeu 38 vítimas de queimadura por descarga elétrica na Região Metropolitana de Belém

Dilson Pimentel
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Em 2019, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) atendeu 83 pacientes vítimas de queimadura por descarga elétrica. E, até novembro deste ano, 38 pessoas já foram atendidas na unidade. Neste mês de dezembro, e por causa das tradicionais decorações com luzes e pisca-piscas, a atenção deve ser redobrada para evitar acidentes causados por choques, curtos-circuitos e até queimaduras. As instalações desses materiais precisam ser feitas com bastante atenção.

Coordenadora do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência), Alessandra Navegantes diz que os riscos de acidentes são grandes se a instalação das luzes não for levada a sério. “Dependendo da situação, o choque pode causar formigamento, mas também queimaduras de terceiro grau e até a óbito. Sem falar dos riscos de incêndio devido o aquecimento das luzes e curto-circuito”, enfatizou Alessandra Navegantes. O Hospital Metropolitano, que pertence ao Governo do Pará, sob gestão da Pró-Saúde, é referência em queimaduras no norte do Brasil. A unidade possui uma ala voltada para internação de pacientes com queimaduras.

Por causa de um choque, técnica em laboratório perdeu seu bebê

A técnica em laboratório Andréia Ferreira de Lira, de 34 anos, sofreu um acidente que resultou na perda de seu bebê. “Há mais ou menos 9 anos eu trabalhava em uma determinada empresa, onde exercia a função de auxiliar de higienização. E manuseávamos grandes máquinas de lavagem”, contou.

Andréia usava todos os EPI's (equipamentos de proteção individual) necessários que a empresa fornecia.  “Eu havia descoberto há pouco que estava gestante de dois meses, e comuniquei a minha coordenadora imediata e ao Departamento de Pessoal da empresa”, disse. Ela continuou trabalhando normalmente e exercendo todas as suas atividades. “Um certo dia, eu estava realizando uma lavagem quando senti um leve choque (baixa voltagem) na manete do aparelho. Estava passando corrente elétrica pelo aparelho”, contou. “Eu estava com uma ultrassom agendada pra sete dias após o incidente.  Compareci à consulta. E, no decorrer do exame, a médica relatou que o feto estava com mais ou menos sete dias sem BCF (Batimentos cardíacos fetais). E que seria necessário realizar uma curetagem (procedimento ginecológico) para que pudesse retirar o feto do útero. E que isso deveria ser realizado com urgência”, lembrou. “Foi a pior notícia que recebi naquele momento, pois era uma gestação muito esperada por mim e por minha família. Demorei muito pra engravidar novamente. Fiz vários exames, tomei várias medicações.  Mas hoje tenho um menino de 6 anos”, contou.

Dicas de segurança:

1. Revise as instalações elétricas da residência antes de iniciar a decoração;

2. Verificar se a tensão elétrica de sua decoração é compatível com a rede de energia. Luzes de natal 117v em uma tomada 220v pode ocasionar curto-circuito;

3. É importante que os artefatos luminosos tenham o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro);

4. Evite uso de plugues, como “benjamins” ou “T”. Esses objetos podem sobrecarregar as instalações elétricas;

5. Não faça “gambiarras” na fiação, do tipo emendas sem a devida isolação, ou a conexão com a rede elétrica sem tomadas adequadas;

6. Não coloque luzes próximo de cortinas, pois o calor das lâmpadas podem ocasionar fogo nos tecidos;

7. Não permita que crianças manuseiem os pisca-piscas, cordões e fitas luminosas. Além dos choques, a luminosidade e o calor podem lesionar os olhos e mãos das crianças;

8. É importante desligar o pisca-pisca na hora de dormir ou de sair de casa e proteger as ligações elétricas da água.

Em caso de acidente:

•   Não retire objetos ou pessoas que estejam em contato com fios até que um profissional qualificado assegure que a energia foi desligada;

•   Desligue imediatamente o disjuntor da residência e só depois preste socorro;

•   Ligue para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no 192.

Fonte: Enfermeira Alessandra Navegantes, do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência.

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