Cursos de mandarim conquistam e despertam o interesse de paraenses

Seja o público jovem ou pessoas mais velhas, o empenho em aprender dialeto e a cultura chinesa está em alta

Maiza Santos / Especial para O Liberal

O mandarim é o idioma mais falado no mundo e não é de se estranhar que, apesar da distância na fonética e no alfabeto, ele acabaria conquistando os paraenses também. Em Belém, não é mais tão difícil encontrar pessoas com interesse no dialeto e na cultura chinesa. Desde o público jovem, até pessoas mais velhas, cada vez mais mostram empenho em aprender o mandarim.

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A projeção da China pelo ocidente, tanto no campo econômico, quanto político, culminou na valorização do mandarim. Essa importância do idioma se reflete nas perspectivas de estudo e no aumento no número do público que busca o curso. A psicóloga Joana D'arc do Carmo Lima, de 62 anos, foi uma das pessoas que iniciou, este ano, o curso de mandariam. Ela expressa animação diante desse ‘novo e diferente’ universo. 

“Não tenho familiares chineses, na verdade venho de uma família quilombola, das ilhas de Abaetetuba. Fiquei sabendo do curso através do Centro de internacionalização da UFPA, pois faço parte de um grupo de pesquisa. Como sou psicóloga e professora, sempre admirei a cultura oriental pela forma como reverenciam os mais idosos e educam as futuras gerações nesse sentido. Apesar das dificuldades do próprio idioma para mim, o curso está sendo muito bom, estou amando conhecer melhor essa cultura, as músicas, as danças, etc”, declara Joana D'arc.

image (Reprodução: Carmem Helena)

De acordo com ela, o curso é bem mais dinâmico do que o público imagina. Além de também ser um preparo para quem busca novidades no mercado de trabalho. “O curso em si é bastante dinâmico, os professores são chineses e muito dedicados. Eu falo um pouco de inglês e espanhol e tenho um pouco de conhecimento em francês também, por isso falo que, como alunos, precisamos nos dedicar bastante. Hoje, como a economia está globalizada, vejo a China como mais uma oportunidade, principalmente para os jovens”, afirma Joana D'arc.

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Novas Oportunidades

A estudante de História da UFPA, Jenifer e Corrêa Pereira, de 21 anos, que também iniciou o curso de mandarim na turma de março deste ano, conta que foi atraída para fazer as aulas justamente pela riqueza histórica.

“Eu sempre gostei de estudar e aprender sobre tudo, mas minha paixão por idiomas e pela história foi o que fez eu me interessar pelo curso. Creio que quando se aprende um novo idioma, como o mandarim, tudo em torno dele fica mais fácil de aprender. Além disso, o acesso às aulas do dialeto dentro da UFPA foi muito bom para a comunidade universitária e para a comunidade social que faz parte da universidade”, garante.

image (Reprodução: Arquivo pessoal)

Jenifer afirma que também visa os benefícios que o curso de mandarim pode proporcionar para a sua profissão. “Como estudante de História, o currículo geral das universidades brasileiras é muito centrado na história ocidental e principalmente na história europeia. O oriente não tem muita visibilidade, então aprender mandarim vai me ajudar a ler artigos, livros e outros documentos não traduzidos para o português ou outro idioma. Além de que a tradução em si muda muito o significado do que está escrito”, explica. A jovem ainda brinca: “Mas saindo um pouco da academia, eu também quero poder assistir aos doramas sem legenda”, fala.

Ganho acadêmico e profissional 

O professor William Gaia, Diretor do Centro de Internacionalização da UFPA, diz acreditar que a procura pelo curso de Mandarim está relacionada ao crescimento chines em vários locais pelo mundo. Ele também aponta que essa oportunidade beneficia toda a comunidade acadêmica e o público externo.    

“A maioria do público é de alunos dos cursos de nível superior que se interessa por intercâmbio cultural e pelas oportunidades econômicas. Considero que a oferta do curso de mandarim é bastante relevante pelas trocas culturais, até porque não estamos ofertando apenas um curso de idiomas, pois o trabalho envolve feiras e oficinas, voltadas às culturas chinesas na gastronomia, artes marciais etc.”, assegura.

A oferta é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Pará, o Instituto Confúcio e a Universidade Estadual do Pará.

Quando terão novas turmas para o curso de mandarim? 

Conforme o professor William Gaia, a abertura para novas vagas no curso estão sendo acertadas pelas instituições responsáveis. “Após as que ocorrem no mês de agosto, as outras turmas serão decididas conjuntamente com a direção do Instituto Confúcio no Pará”, finaliza.

O tempo estimado para conclusão de curso é de 5 semestres e podem participar candidatos com idade a partir de 16 anos que estejam cursando o Ensino Médio ou Superior.

 

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