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Crianças indígenas de diferentes etnias recebem a vacina contra covid-19 em Belém

Ação faz parte da campanha nacional “Vacina Parentinho”, promovida na capital paraense pelo Instituto Nossa Voz

Laís Santana
fonte

Crianças indígenas de diferentes povos, com idades entre 5 a 11 anos, foram imunizadas com a primeira dose da vacina pediátrica anticovid-19, na tarde desta sexta-feira (18), em Belém. A iniciativa faz parte da campanha nacional “Vacina Parentinho”, promovida na capital paraense pelo Instituto Nossa Voz, com objetivo de impulsionar a vacinação para este público.

“Eu pensava que ia doer muito, mas não doeu porque eu pensei que se eu pegasse o coronavírus ia ser pior pra mim”, declarou a pequena Amana Guajajara, de apenas 10 anos, logo após receber a vacina.

Ela foi uma das 10 crianças a participar da iniciativa que reuniu representantes das etnias Tembé, Guajajara, Tupinambá, Paliku, dentre outras. A campanha leva o nome “parentinho” em alusão a palavra “parente”, termo usado pelos indígenas para se referir a outros indígenas de forma carinhosa e respeitosa.

Na vacinação dos pequenos índios foram utilizadas as vacinas Coronavac, destinada para crianças nascidas de 2010 a 2016 (com 6 anos completos), e a Pfizer pediátrica para crianças nascidas de 2010 a 2017 (com 5 anos completos).

A ativista indígena Nice Tupinambá, do Instituto Nossa Voz, destaca que a mobilização é realizada para incentivar a vacinação, assim como para combater as fake news. “Os territórios e aldeias estão tomados por fake news, numa campanha muito feroz contra a vacina. Por isso é importante a gente fazer essa campanha com as crianças para que elas mobilizem outras crianças dizendo que é importante sim vacinar”, afirma.

Segundo o Instituto Nossa Voz, mais de mil indígenas morreram em decorrência da covid-19 no Brasil, reforçando assim a necessidade da vacinação para combater a doença. “Nossa população segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é menos de 1 milhão de indígenas, ou seja, nós tivemos mais de 10% mortos pelo coronavírus. Por isso, os parentes precisam ter essa consciência e se vacinar porque a ciência é uma aliada nossa, assim como temos a nossa medicina tradicional que foi muito importante pra combater também o coronavírus, agora temos o auxílio da vacina”, ressalta Nice Tupinambá.

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Belém
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