Corpus Christi em Belém: cerca de 13 mil católicos participam da solenidade no Mangueirinho
Neste ano, a solenidade, de nível Arquidiocesano, reuniu as 109 paróquias na mesma celebração

Cerca de 13 mil católicos participaram da celebração da Solenidade de Corpus Christi na Arena Guilherme Paraense, conhecida como Mangueirinho, em Belém, nesta quinta-feira (19/6). O evento foi destinado aos fiéis católicos para reafirmar a fé em Jesus Cristo e contou com orações, palestra, louvores e missa solene. Neste ano, a solenidade, de nível Arquidiocesano, reuniu as 109 paróquias na mesma celebração, sob o tema “Eu sou o Pão vivo descido do céu” (Jó 6,51) e o lema “Jesus, nossa esperança, se fez pão para nós”.
O evento transformou o ginásio em um local de peregrinação jubilar, onde os fiéis poderão receber as indulgências. A missa solene foi presidida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira. Ele explicou o que a ocasião representa. “As grandes solenidades, primeiro a Páscoa, é claro, depois o Natal, querem manifestar a unidade da igreja. E nesta quinta, a nossa unidade se celebra em torno da eucaristia, do mistério de Cristo, que é pão vivo para a vida do mundo. A fé da igreja, na verdade da presença eucarística de Jesus, nos frutos dessa presença e na missão que nasce de cada eucaristia celebrada, que é servir, fazer o bem, amar a todos e construir o reino de Deus. Esse é o sentido da celebração que fazemos”, esclareceu.
O Ginásio Mangueirinho foi palco da acolhida de mais de 4 mil Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística. Eles participaram da cerimônia de admissão ou renovação de mandato, cujo compromisso com o serviço à Igreja e à comunidade serão ratificados.Taveira acrescentou que entregou a "hóstia consagrada" aos sacerdotes ao fim da missa, junto com Dom Júlio Endi Akamine, Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese de Belém, para as procissões que acontecerão nas 109 paróquias da Arquidiocese durante a tarde e noite desta quinta (19/6).
Este foi o primeiro Corpus Christi de Dom Júlio como Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese de Belém. “É sempre uma experiência muito feliz poder participar das celebrações na Arquidiocese de Belém. De modo especial, essa solenidade do santíssimo corpo e sangue de Cristo. Nós solenizamos um dia, não porque queremos esquecer os outros dias, (..) para a gente cair na conta de sublimidade deste sacramento que o Cristo nos deixou, do seu corpo e sangue”, disse ele.
Sobre a participação da juventude na festividade, Akamine comentou que: “há uma profunda coerência naquilo que celebramos e aquilo que somos. Nós celebramos o sacramento da unidade. A igreja é unida, porque todos estamos unidos a Cristo. Aquilo que está sobre o altar é símbolo de nós mesmos. Nós devemos nos tornar aquilo que recebemos”.
Natalie Viana, 17 anos, faz parte da paróquia Arcanjo São Miguel, no bairro de Jaderlândia, em Ananindeua, na Grande Belém. “É um sentimento de gratidão e de experiências novas. Um momento de reflexão e gratidão a Deus, e de felicidade, principalmente. Espero estar aqui nos próximos anos até eu ficar bem velinha”, disse.
Ministra há 20 anos da Paróquia Nossa Senhora da Graça, Irene Kahwage, de 92 anos, conta o motivo de ter seguido nesse caminho. “Eu já era catequista, legionária de Maria, e frequentava a Carismática. Quando me convidaram para ser ministra, eu aceitei, porque foi um chamado de Deus. Assim como eu, várias pessoas que foram da minha época estão até hoje, servindo a Deus”, alegou.
O casal de advogados Antônio Junior, 59, e Edilene Vicente, 55, fizeram os votos de ministros da eucaristia pela primeira vez. Eles são da paróquia de Nazaré desde 2007, e participaram da Pastoral Família, do Encontro de Casais com Cristo e do Conselho Pastoral Paroquial. Os dois esperam servir mais aos irmãos, principalmente aqueles que necessitam de ajuda, e seguir evangelizando nas casas, nos grupos e em todos os lugares para onde forem convidados, além de visitar idosos, enfermos e levar o amor de Cristo.
“Entendemos que a missão de ministro extraordinário da sagrada eucaristia é da igreja e de Cristo, e nós somos instrumentos e servos. Fomos convidados a fazer parte e aceitamos. Ser ministro é uma grande honra, porque é levar o corpo de Cristo para as pessoas, não só aos doentes, mas nas missas, nas casas”, afirmou Antônio. “Me sinto escolhida e amada, por poder estar aqui. Eu acho que é uma responsabilidade muito grande de ser ministra extraordinária da sagrada eucaristia, você poder levar o corpo de Cristo para os irmãos que necessitam. Nós somos a igreja de Cristo e estamos vendo a beleza da nossa igreja”, concluiu Edilene.
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