Consumo em excesso de bebidas alcoólicas gera graves riscos à saúde; veja dicas de cuidados

Para evitar grandes complicações, o foco é a moderação, alerta especialista

Bruno Roberto | Especial para O Liberal
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O período de final de ano é marcado por encontros, confraternizações e festas de Natal e Réveillon. Nessas celebrações, muitas pessoas ingerem uma grande quantidade de bebidas alcoólicas, o que pode gerar riscos à saúde se o consumo não for feito de forma segura e consciente, segundo especialistas. Entre as consequências, o corpo humano pode sofrer com alta desidratação, arritmias cardíacas, queda de pressão, além do agravamento de doenças pré-existentes. O consumo moderado é a principal indicação para evitar graves problemas.

Quando a bebida alcoólica é ingerida, em poucos minutos ela se transforma em acetaldeído, que é tóxico para o organismo. Em pequenas quantidades, o corpo humano não é altamente afetado. Porém, se a pessoa consumir em excesso, podem ocorrer grandes riscos à saúde.

O consumo de álcool ocasiona riscos imediatos e tardios de diversos tipos, como o aumento da chance de intoxicação alcoólica, quedas, acidentes de trânsito, afogamentos e comportamentos de risco, segundo o cardiologista Antonio Monteiro. O excesso de consumo em momentos pontuais, como as festas de final de ano, promove a sobrecarga do fígado e do coração.

Do ponto de vista clínico, o corpo humano pode apresentar vários quadros causados pelo álcool no organismo, ainda de acordo com o especialista, como desidratação importante, queda de pressão, arritmias cardíacas, hipoglicemia e crises de gastrite ou pancreatite. Além disso, pessoas com doenças pré-existentes sofrem um risco maior, como nos casos de cardiopatias, hipertensão, diabetes ou doenças hepáticas.

Ao considerar a lista extensa de problemas causados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, os sintomas também são variados, indo além da embriaguez. O cardiologista chama a atenção para as seguintes complicações:

  • confusão mental;
  • dificuldade para falar ou andar;
  • sonolência excessiva;
  • vômitos repetidos;
  • palidez;
  • suor frio;
  • respiração lenta ou irregular;
  • diminuição do nível de consciência;
  • perda de consciência, nos casos mais graves

“Esses sinais indicam que o organismo não está conseguindo metabolizar o álcool adequadamente”, alerta.

A pessoa deve procurar avaliação médica de forma imediata em vários casos, principalmente quando apresenta os seguintes quadros:

  • perda de consciência;
  • vômitos persistentes;
  • dificuldade respiratória;
  • convulsões;
  • confusão intensa ou não responde a estímulos;
  • dor intensa no peito;
  • palpitações importantes;
  • queda de pressão;
  • histórico de doenças cardíacas associadas ao consumo excessivo de álcool.

No caso de o consumo de álcool gerar a famosa ressaca, a pessoa deve buscar hidratação adequada, repouso e alimentação leve. Além disso, analgésicos precisam ser usados com cuidado. “Água, água de coco e soluções isotônicas ajudam a corrigir a desidratação. Analgésicos simples podem ser usados, com cautela, evitando medicamentos que sobrecarregam o fígado. Persistindo sintomas como vômitos, dor abdominal intensa, palpitações ou mal-estar importante, é fundamental procurar avaliação médica”, informa o cardiologista.

Consumo responsável

Para consumir bebidas alcoólicas nas festas sem grandes riscos à saúde, o foco é beber com moderação, conforme informa o cardiologista Antonio Monteiro. A pessoa deve prestar atenção à hidratação e à alimentação antes e durante o consumo de álcool. Além disso, é recomendado evitar misturar muitos tipos de bebidas e respeitar os próprios limites. “Beber lentamente e evitar o consumo em jejum reduz bastante os efeitos adversos. Outro ponto essencial é não dirigir após ingerir álcool, independentemente da quantidade”, alerta o médico.

Confira a lista de ações que ajudam a reduzir o risco:

  • Beber água durante o consumo de álcool; 
  • Se alimentar antes e durante o consumo, evitando ingerir álcool em jejum;
  • Evitar a mistura de diferentes tipos de bebidas;
  • Nunca suspender, por conta própria, remédios de pressão, coração ou anticoagulantes;
  • Entender e respeitar os limites individuais de cada pessoa. 

Clima

O clima pode influenciar no efeito do álcool no organismo do consumidor. Em climas quentes, como os registrados na região Norte do Brasil, o álcool potencializa a desidratação, por conta do efeito diurético, além de outros impactos. “O calor também favorece a vasodilatação, o que pode causar queda de pressão, tontura e mal-estar mais intenso”, explica o cardiologista. “Por isso, em ambientes quentes, a hidratação deve ser ainda mais rigorosa e o consumo de álcool, mais cauteloso”, completa.

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