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Comidas típicas em espaços abertos ganham ainda mais força em Belém

Clima mais frio e preocupação com o covid-19 fazem barracas e quiosques de rua virarem preferência

Eduardo Laviano
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Comer ao ar livre virou preferência de muitos paraenses neste período de flexibilização das medidas de combate ao coronavírus. Mas mesmo antes da pandemia, as barracas e quiosques de comidas típicas espalhados por Belém sempre receberam os clientes em mesas que ficam nas calçadas e nos canteiros. Elisa Seabra confessa que não dispensa um bom prato regional, especialmente no clima do inverno amazônico. “Para mim, é bom em qualquer período. Mas quando o friozinho vai chegando a mente já pensa naquele tacacá, vatapá e também na maniçoba, que é minha preferida. Eu não tenho frequência certa para vir, mas se passar muito tempo sem, já sinto falta”, afirma a técnica de enfermagem. A professora Vanice Siqueira conheceu o local nesta quinta-feira (12) e adorou. Ela se acostumou a pedir comida em casa e não está saindo para comer quase nunca, a não ser que seja em um espaço aberto. "Além de ser acessível e uma delícia, dá para curtir o vento aqui no canteiro. É um ambiente agradável", diz.

Ambas estavam desfrutando o tacacá de Maria Helena Galdino, que em dezembro completa dois anos vendendo comidas típicas na Avenida Rômulo Maiorana, próximo a travessa Vileta. Ela conta que 2020 não foi um ano fácil, mas que quem trabalha em espaços abertos levou vantagem na retomada. “Quem não gosta de estar pegando um vento gostoso desse, ao ar livre, com essas árvores? É uma delícia. A preocupação com o vírus só reforçou esse diferencial”, conta a empreendedora. Segundo ela, quando o fim do ano se aproxima, os clientes procuram mais ainda as refeições quentes. “A nossa culinária paraense não é quente, ela é muito quente. Fervendo. Principalmente  os pratos que levam tucupi. Não é um aumento muito significativo, mas vejo que as pessoas ficam mais dispostas agora do que estão quando o calor tá muito forte, tipo em julho”, avalia ela, enquanto observa o movimento de clientes começando a ficar mais intenso conforme o céu escurece. 

Retomada

Maria Helena entende que a retomada das atividades do negócio dela ficou acima das expectativas. O período inicial foi de adaptação. “Quando a pandemia estourou em abril, fechamos tudo e montamos o nosso delivery, na correria. Contratei dois rapazes e entramos com toda a força. Hoje, fico feliz de ver as pessoas aparecendo aqui, pessoalmente, se sentindo seguras”, conta ela, que no estágio inicial do fechamento de bares e restaurantes, adquiriu uma cozinha com mais espaço para suprir as demandas dos pedidos de entrega, por conta do fechamento do quiosque de rua onde ela prepara os pratos. A paixão dela por cozinhar veio da mãe, enquanto a paixão por empreender veio da necessidade. "Seguir com o meu negócio foi o que me manteve de pé durante esse período difícil. É bom demais poder receber todo mundo aqui de novo. Com todos os cuidados, claro!", lembra a cozinheira, que é chamada de "Nega" por todos que chegam.

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