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Círio 2022; Cruz Vermelha inicia preparativos para a retomada da Grande Romaria

Neste domingo (8), transcorre o Dia Mundial da Cruz Vermelha, instituição

O Liberal
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Espalhados no meio da multidão, os voluntários da Cruz Vermelha Brasileira Pará seguem junto com os fiéis no Círio de Nossa Senhora de Nazaré no segundo domingo de outubro. Essa imagem deverá ser novamente  observada nas ruas de Belém, pelo que indica o cenário epidemiológico da pandemia da covid-19 e por intenção da Arquidiocese de Belém e Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) de realizar a Grande Romaria de forma presencial em 2022. Ao mesmo tempo que os preparativos para o Círio são encaminhados e os devotos se organizam para participar da festa maior dos paraenses, os integrantes da Cruz Vermelha organizam-se para as ações da quadra nazarena. Essa iniciativa de salvaguardar vidas pelo mundo afora por parte dos voluntários tem reconhecimento internacional, tanto que em 8 de maio comemora-se o Dia Internacional da Cruz Vermelha. 

“A perspectiva é aumentar a nossa capacidade de atendimento; então, contaremos com mais postos de atendimento ao longo do percurso do Círio e mais voluntários nas ruas”, destaca o presidente da Cruz Vermelha Brasileira Pará, Isaías Oscar Skeete Júnior, recém-eleito para um mandato de quatro anos. Ele informa que a instituição deverá atuar com 8 mil voluntários nas atividades desenvolvidas durante a Operação do Círio de Nazaré.

Em 2019,  funcionaram 21 postos e atuaram 6 mil voluntários no Círio. Agora, em 2022, serão 25 postos e 8 mil voluntários. O treinamento desse efetivo está previsto para começar em julho e prosseguir até o final de setembro.

Orientações

Skeet Júnior destaca que para o Círio 2022, com expectativa de público até mais numeroso que os anos anteriores, as pessoas devem identificar as crianças com um pedaço de papel no bolso delas com os nomes, contatos e endereço dos pais. 

Os romeiros devem se hidratar; fiéis devem adotar o protetor solar; devem se alimentar antes do percurso de 3,7 quilômetros; e se manter sem afobação durante a romaria. 

Humanidade

A Cruz Vermelha é uma instituição humanitária que para  prevenir e aliviar os sofrimentos humanos, sem distinção de raça, nacionalidade, idioma, gênero, nível social,

religião e opinião política ou qualquer outro viés discriminatório, contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana. Está presente em 21 estados no Brasil e em mais de 190 países no mundo.

Como auxiliar do Poder Público no atendimento à população paraense, a Cruz Vermelha desenvolve trabalhos em assistência humanitária, cursos diversos e atendimentos em eventos particulares. A Cruz Vermelha Brasileira - Pará é uma unidade estadual que teve sua reativação no ano de 1981, com pólos em  cinco municípios do estado. A sede da Cruz Vermelha fica na rua Arcipreste Manoel Teodoro, 953, no bairro da Campina. 

O serviço da Cruz Vermelha é feito de forma voluntária. Ao todo,  a filial no Pará conta com uma base de 6 mil voluntários.

Ingresso

Para se tornar um voluntário da instituição,  o interessado deve passar por um curso básico de formação institucional e de primeiros socorros, oferecido a cada dois meses. É necessário ter acima de 15 anos de idade; mas, a Cruz Vermelha conta com o projeto Kids para que crianças acima de 5 anos já sejam treinadas para serem voluntárias da instituição.

No Círio de Nazaré, juntamente com outros órgãos, a Cruz Vermelha é responsável pelo atendimento pré-hospitalar aos romeiros. Além de estar presente em todas as romarias, a Cruz Vermelha atua desde a semana que antecede ao Círio, com postos de acolhimento aos romeiros ao longo da rodovia BR-316 e avenida  Almirante Barroso, e durante a quinzena nazarena mantém um posto de atendimento na Praça Santuário. O voluntário no Círio precisa estar bem treinado e ciente da sua função, pois ele é a maior capilaridade no atendimento, sem ele nada disso poderia ser realizado”, observa Skeet Júnior.

 

Oswaldo Cruz foi o primeiro presidente da Cruz Vermelha Brasileira 

image Sanitarista Oswaldo Cruz (Oswaldo Cruz (Museu da Vida / Fiocruz))

Em fevereiro de 1863, em Genebra, Suíça, reuniu-se pela primeira vez o grupo de pessoas que  viria a ser mais tarde o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Entre seus cinco membros, havia um homem nativo do local, Henry Dunant, que um ano antes havia publicado um livro com o relato de suas experiências (“Lembrança de Solferino”). No livro, ele incitava uma melhora nos cuidados dispensados a soldados feridos em tempos de guerra. Ao final daquele ano, o Comitê havia reunido representantes de diferentes governos que aceitaram a proposta de Dunant para a criação de sociedades de ajuda que assistiriam os serviços médicos militares. 

O comitê, em agosto de 1864, convenceu os governos a adotarem a primeira Convenção de Genebra. Este tratado obrigava os exércitos a cuidarem dos soldados feridos, independente do lado a que pertencessem, e também apresentou um emblema padronizado para os serviços médicos: uma cruz vermelha sobre um fundo branco. O principal papel do CICV era o de coordenação, mas, depois, passou a participar cada vez mais de operações de campo, à medida que se fazia necessária uma maior intermediação neutra entre as partes. Ao longo dos 50 anos subsequentes, o CICV expandiu seu trabalho, enquanto as sociedades nacionais foram sendo estabelecidas (a primeira no estado alemão de Württemberg, em novembro de 1983), e a Convenção de Genebra foi adaptada para incluir também as guerras navais.

Brasil

No Brasil, a Cruz Vermelha iniciou suas atividades em 1907, graças à ação do médico Joaquim de Oliveira Botelho. Ele desejou fundar no país uma Sociedade de Cruz Vermelha. Em 17 de outubro daquele ano, em reunião da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, conseguiu que fossem lançadas as bases da organização da Cruz Vermelha Brasileira.  Em 5 de dezembro de 1908, foram discutidos e aprovados os Estatutos da Sociedade. Esta data ficou consagrada como a de fundação da Cruz Vermelha Brasileira, que teve como primeiro presidente o sanitarista Oswaldo Cruz.


 

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