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Cidade inteligente: monumentos históricos de Belém (PA) poderão ter QR Code para a COP30

Essa é uma das ações relacionadas à COP30 no contexto das cidades inteligentes, nas quais os cidadãos sentem a inovação tecnológica em serviços capazes de modificar a prestação de serviços e o relacionamento entre as pessoas

Eduardo Rocha / Gabriel Pires

Belém do Pará ingressa decisivamente no perfil das cidades inteligentes, em que a tecnologia é adotada para propiciar eficiência, conexão e interação com os cidadãos, melhorando a qualidade vida e modernizando a gestão pública, tendo como suporte a Internet das Coisas (IoT), capaz de usar de aproveitar informações para superação de questões estruturais. Não poderia ser diferente, dado o fato de que a capital do Pará recebe uma programação de obras reunindo as esferas federal, estadual e municipal, com o engajamento da iniciativa privada para a realização da 30º Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro de 2025. E nesse sentido, pululam iniciativas e outras são referendadas de uso cada vez maior da tecnologia nesse sentido, incluindo a Inteligência Artificial (IA). Desse modo, os moradores e visitantes da Cidade de Belém poderão dispor em breve do Programa Código QR Belém, com acesso a dados de monumentos e prédios históricos tombados no município. 

Bastará a pessoa chegar até um desses bens do  patrimônio cultural e histórico e conectar o seu celular ao QR Code em placas de sinalização inteligente no local para saber detalhes daquele monumento ou prédio. Requerimento com a proposta de criação desse programa partiu do vereador John Wayne (MDB), presidente da Câmara Municipal de Belém. O documento foi aprovado na CMB para ser encaminhado a autoridades envolvidas com a COP30. 

image No Museu Casa Francisco Bolonha, no centro de Belém (PA), o uso do QR Code já é adotado pelo público (Foto: Thiago Gomes / O Liberal)

Nesse caso, ao governador Helder Barbalho, ao prefeito Edmilson Rodrigues; à vice-governadora Hanna Ghassan; ao ministro das Cidades, Jader Filho; ao ministro do Turismo, Celso Sabino; às bancadas de senadores e deputados federais do Pará; aos deputados estaduais na Alepa. A proposta se fundamenta no site http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1217/, cujas fontes são o Arquivo Noronha Santos/Iphan e o IBGE.
 
"Espero que esse requerimento seja atendido, os QR CODE vão ajudar na conscientização e na preservação dos espaços históricos da capital paraense. Por meio deles as pessoas vão poder ter um acesso mais rápido à história desses locais, e irá também auxiliar os turistas que chegarem a Belém para conhecer de uma forma rápida nosso espaços, nossa história, nossa cultura e a sua importância", afirma o vereador.

 

As informações a serem repassadas ao público são de caráter histórico, cultural, turístico, ambiental e de utilidade pública sobre os próprios públicos (logradouros oficiais, prédios públicos, espaços livres de uso público e outros) e passagens do Município de Belém. Será também divulgada a existência de bens culturais protegidos ou atrações turísticas, realização de eventos, horários de funcionamento de atividades e condições de segurança e acessibilidade , entre outras, em vários idiomas.

Conscientização

Para o professor e historiador Michel Pinho, "distribuir processos de informação para a população de uma forma geral é louvável; no caso dos QR codes, eles precisam ser alocados de acordo com as regras patrimoniais de preservação do bem tombado, não podem ser colocados de qualquer forma".

Michel considera que "as escolas, universidades e instituições de pesquisa relegam ao segundo plano a formação de informações sobre o patrimônio geral da cidade, e a quantidade de praças, a quantidade de monumentos que nós temos é bastante significativa desde o final do século XIX; então, municiar essa população de informação é fundamental para que você tenha o sentimento de identidade e pertencimento.

O maior desafio é, sem dúvida, a preservação, porque envolve uma série de características que vão além do desejo de preservar, de quem é a propriedade do bem, se é do Estado, se é do município, se é particular, devemos observar quais as regras em relação a esse patrimônio, seria de patrimônio parcial, tombamento parcial, tombamento integral, verificar quais as condições econômicas para fazer essa manutenção, são todas questões que vão para além do senso comum.

Inovação

Projeto semelhante ao proposto está em andamento no Museu Casa Francisco Bolonha (prédio do começo do Século XX), sob a coordenação da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), na avenida Governador José Malcher com a Dr. Moraes, no bairro de. Nesse espaço, os visitantes dispõem dessa tecnologia para acessar informações sobre as salas do prédio. 

image Vereador John Wayne: expectativa para o Programa QR Belém seja concretizado para a COP30 (Foto: Divulgação Ascom CMB)

 

A servidora do INSS, Vitória Dutra, 19 anos, destaca ser inovadora a proposta de se contar com a tecnologia QR Code nos monumentos e prédios históricos de Belém, "porque o mundo adota a tecnologia em tudo, e quando os jovens avistam um QR Code já ficam interessados em conferir, e é muito mais interesante que ver o texto em si, assim é uma boa inovação, principalmente para os jovens". Vitória observa que Belém ficou muito em evidência nas redes sociais depois que a paraense Alane Dias participou com destaque do BBB-2024, e o QR Code é uma ferramenta válida para se saber mais sobre a cultura e história paraenses. Vitória visitou o Museu Casa Francisco Bolonha nessa semana.

 

Quem também foi a esse espaço conferir aspectos da história e cultura de Belém foi o profissional de Marketing, Glauber Modesto, 22 anos. Para ele, o uso de QR Code nesses espaços traz grande praticidade no atendimento aos visitantes, em especial, os turistas, e essa inovação complementa o trabalho dos guias turísticos. "Trazer esse uso do QR Code para o espaço público, para a história, isso é bem bacana, bem da hora", afirma. Glauber disse ter sido a primeira vez que conferiu o uso de QR Code em espaços públicos, no Francisco Bolonha.

A museóloga Adriele Bessa, do Francisco Bolonha, destaca que, ao acessar o QR Code, o público conta com um texto informativo sobre cada ambiente do espaço cultural, áudios em português, inglês e espanhol e um vídeo na Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). "Na COP, um grande número de turistas e visitantes deverá estar em Belém, e, então, o QR Code será uma outra ferramenta para repassar informações de pesquisas que a gente realiza no Museu", pontua Adriele, que considera importante a adoção do QR Code em outros espaços culturais e históricos da cidade.

 

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