Centro comercial de Belém tem movimento intenso no último dia de 2021
Locutores de loja se vestem até como personagem de filme para chamar atenção para as vendas
Nesta sexta-feira (31), último dia do ano de 2021, o paraense se prepara para a chegada do ano novo e algumas pessoas ainda fazem as últimas compras da ceia e do que vestir. De acordo com o Sindicatos dos Lojistas do Pará (Sindlojas), a expectativa não era de muito movimento no centro comercial, no entanto, muitas pessoas deixaram para a última hora e procuravam por roupas e peças brancas para usar na entrada do novo ano, nesta manhã, no centro comercial em Belém.
Muzaffar Douraid Said, diretor de relações com os lojistas do Sindlojas explica que a tendência é que o movimento seja menor no comércio, devido à organização para o Réveillon. Muitas pessoas estão viajando, mas ele acredita que sempre tem alguém que deixa para comprar um presente ou uma roupa de última hora. "É normal que o dia de hoje seja um dia mais fraco no comércio, porque as pessoas vão para às praias, cidade natal no interior. Estão viajando para passar o novo com as famílias. Todo mundo se prepara antes, porque hoje é dia de ceia de ano novo", explica.
"Mas, no centro comercial, com certeza existem aqueles que deixam tudo para a última hora, atrás de roupas novas, roupas brancas, de acordo com as tradições no ano novo. No geral, é um dia fraco. A expectativa do centro comercial é de ser um dia normal. O comércio fecha mais cedo hoje, até às 14h. A Expectativa está dentro do esperado. E desejo que seja um ano novo feliz para todos nós", completa.
Vale tudo para chamar os clientes
Elder Chaves, 30 anos e Henrique Chaves, 26 anos, são irmãos e locutores de uma loja no centro comercial de Belém. Eles acreditam que o movimento está menor que nos anos anteriores, mas que o comércio está lotado para o dia. A procura por roupas, principalmente brancas, é grande. Elder conta que para atrair os clientes, junto com o irmão performa as irmãs Wilson, do filme "As Branquelas", e isso tem dado retorno.
"Há três anos que estamos fazendo essa performance. Somos locutores da loja. A loja vem crescendo desde o Círio. Agora natal e ano novo. Em dezembro tem aumentado as vendas. A ideia surgiu porque sempre gostamos de dançar. Como trabalhamos na mesma loja, unimos o útil ao agradável", argumentou Elder.
Henrique conta que no final do dia estão cansados, no entanto, é prazeroso ver os clientes comprando as roupas e buscando as peças que eles usam, enquanto estão na personagem.
Agora, no contexto do Réveillon, não é diferente. "Todo dia é um figurino diferente. Muita gente ficou em Belém, para passar o réveillon, e está no comércio procurando algo de última hora. Para tirar o estresse do dia a dia, fazemos a performance. As vendas estão ótimas. Geralmente a gente bate fotos e as pessoas querem o mesmo look. É o nosso marketing", completou Henrique.
Fabiana Assunção já escolheu o que usar na virada de ano e seguindo a expectativa das cores do ano novo, irá usar branco. Simboliza a paz, esperança de tempos melhores e a superação da pandemia, é o que diz. "Eu já comprei a minha roupa, mas vim ajudar a minha mãe. Eu escolhi o branco, para mim sempre é branco. Eu acredito na questão das cores. Que este ano venha abrir portas, eu estou desempregada. Fechei porque não deu para aguentar a crise. Vamos passar o Réveillon em casa, ainda estamos de luto, perdemos muitas pessoas. Mas comprar uma roupa nova, nos vestirmos para o ano novo, significa que esperamos mudanças. Então espero que melhore, que acabe a pandemia", finalizou.
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