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Campanha incentiva coleta de DNA para ajudar na busca de desaparecidos

Perita lembra que bancos de dados integram perfis genéticos de todo o mundo

Redação Integrada
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Com o objetivo de ampliar a busca, identificar e encontrar desaparecidos, a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), teve início na última segunda-feira (14) e segue até o próximo dia 18.

Os peritos criminais do Laboratório de Genética Forense, das unidades do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, são os responsáveis pelo atendimento e coleta do material genético em todo o Pará.

A campanha se baseia na desproporção apontada pelo MJSP: por ano, mais de 80 mil pessoas desaparecem no Brasil. Desse total, apenas 3.200 possuem material genético coletado e inserido na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).

O banco detém o cadastro de familiares que buscam por parentes que estão desaparecidos. O número de registrados nessa rede é ainda menor, chegando a 2.600 pessoas.

Os números regionais também impulsionam a campanha, já que o banco de perfis genéticos do Laboratório de Genética Forense do CPCRC possui 372 amostras coletadas, sendo que apenas 48 familiares fizeram a coleta em busca de parentes desaparecidos.

Além disso, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), apenas entre os meses de janeiro a abril, 352 foram registradas como desaparecidas no Pará.

Dessa forma, o material coletado de familiares também será inserido no RIBPG, que vai fazer o cruzamento entre os perfis genéticos já existentes nesse mesmo banco, podendo encontrar possíveis parentescos.

“É uma oportunidade de cadastrar as pessoas, inclusive pessoas vivas cadastradas, pessoas que por algum motivo não lembram o nome ou que foram sequestradas ainda crianças. O banco integra perfis genéticos do mundo todo. Então, um familiar que fizer a coleta pode encontrar o parente em qualquer parte, caso esse desaparecido possua material genético no banco. Hoje, por exemplo, recebemos uma mãe que está com o filho desaparecido há 27 anos. As pessoas não perdem a esperança. A campanha ajuda as autoridades a dar uma resposta a esses casos”, afirma a perita criminal Elzemar Rodrigues, gerente do Laboratório de Genética Forense do CPCRC.

Antes de fazer a coleta de material genético, os familiares doadores, os chamados de primeiro grau, como pai, mãe e irmãos, devem registrar um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil (PC) sobre o desaparecimento da pessoa.

Em seguida, esses interessados podem procurar as unidades do CPCRC em Belém, Altamira, Castanhal, Marabá e Santarém.

Embora a campanha sinalize que as coletas sejam feitas até o próximo dia 18, esse procedimento será feito de maneira contínua, em todas as unidades do CPCRC.

A coleta de DNA de familiares de desaparecidos cumpre a lei 13.812/19, que instituiu a Política Nacional de Pessoas Desaparecidas, reunindo todas as Secretarias de Segurança Pública do Brasil e a PF.

Ela foi ampliada pelo decreto nº 10.622, de 9 de fevereiro de 2021, que criou o Comitê-Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, com o objetivo de oferecer uma resposta adequada a quem convive com a esperança de encontrar algum familiar desaparecido.

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