Campanha Fevereiro Laranja lembra da importância do diagnóstico precoce no tratamento da leucemia
Ano passado foram registrados 156 casos da doença, sendo 88 em homens e 68 em mulheres
Para alertar sobre os sintomas e conscientizar a população sobre a doença, foi criada a Campanha Fevereiro Laranja, mês de intensificação das ações educativas de orientação e combate ao câncer hematológico. Por conta da atual pandemia do novo coronavírus, cujos casos voltaram a aumentar no Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) não montou um calendário de ações específicas, mas segue fazendo orientações aos pacientes.
O número de casos novos de leucemia esperados para o Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 5.920 casos em homens e de 4.890 em mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 para cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, a leucemia em homens é o quinto câncer mais frequente na região Norte (4,45/100 mil).
Segundo dados do Painel Oncologia Brasil, o Pará registrou, em 2019, 246 casos de leucemia, sendo 144 em homens e 102 em mulheres.
Já no ano passado foram registrados 156 casos da doença, sendo 88 em homens e 68 em mulheres no Pará.
Em Belém, os pacientes com leucemia de 0 a 19 anos são atendidos no Oncológico Infantil “Octávio Lobo” e os pacientes adultos recebem acompanhamento no Hospital Ophir Loyola (HOL). Já em Santarém, crianças, adolescentes e adultos são atendidos no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA).
A doença atinge as células sanguíneas quando os glóbulos brancos, responsáveis por proteger o corpo humano de infecções, perdem as funções e proliferam-se, desordenadamente, dando origem ao câncer.
A definição do tipo de leucemia ocorre após a identificação do tipo de célula sanguínea que causou a doença e se essa possui um crescimento mais rápido ou mais lento, para receber o status de aguda ou crônica. A leucemia aguda é mais comum em pessoas jovens, enquanto a crônica acomete pacientes mais maduros e idosos. Os subtipos são diversos, cada um possui um tratamento específico.
Ainda não se sabe ao certo a origem da doença, porém, segundo o Inca, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos, tais como substâncias químicas, como agrotóxicos, benzeno formaldeído, cigarro, exposição excessiva à radiação, quimioterapia, além de algumas síndromes e doenças hereditárias.
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