Campanha da Fraternidade 2020 é aberta com reflexão sobre valorização da vida
Arquidiocese de Belém traz o tema "Fraternidade e vida: dom e compromisso" e o lema "Viu, sentiu compaixão e cuidou dele" (Lc 10, 33-34)
Na manhã deste sábado (29), houve a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2020, pela Arquidiocese de Belém, em celebração realizada no ginásio do colégio Cesep. Com o tema "Fraternidade e vida: dom e compromisso" e o lema "Viu, sentiu compaixão e cuidou dele" (Lc 10, 33-34), a CF faz uma reflexão sobre a valorização da vida e a importância de cuidar do próximo. Após a leitura do evangelho segundo São Lucas (5,27-32), o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, ressaltou que o senhor faz algo muito importante, ao tornar todos irmãos. "Ele que começa a campanha da fraternidade. Ele que acolhe a todos, sem exceção", disse.
Em sua homilia, Dom Alberto falou sobre o período da Quaresma, no qual a igreja convida todos a fazer a experiência da penitência, confissão e deixar para trás os pecados e observou que a Campanha da Fraternidade desse ano destaca três palavras: vida, compaixão e dom. Nesse sentido, o Arcebispo fez alguns apelos aos fiéis, entre eles observar o que está ao redor. "Quem está perto de nós? Prestar atenção, enxergar. Qual é a sua sensibilidade? Talvez você tenha uma atenção para as crianças, outros para os idosos, outros para a juventude. Cada um pode ter a sua sensibilidade, mas todos têm que abrir os olhos".
Ele também pediu que os cristãos tenham compaixão, ressaltando que não é "olhar de cima para baixo", mas entender o que se passa no coração do outro. "Ter uma paixão junto com a outra pessoa. Não basta olhar, mas é necessário ter compaixão, prestar atenção, um olhar de carinho para a outra pessoa". Dom Alberto citou ainda a necessidade de cuidar das pessoas. "Aquilo que estiver ao seu alcance, faça!".
Segundo ele, a CF existe visando a sociedade. "Se você puder ajudar a fazer do mundo mais justo e fraterno, estará fazendo a campanha da fraternidade. Cada um de nós cuide da pessoa que está ao nosso lado".
O evento reuniu fiéis das 94 paróquias, pastorais, movimentos e novas comunidades. A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e concelebrada pelo bispo auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro e o clero arquidiocesano.
Durante a celebração, o monsenhor Raimundo Possidônio (Monsenhor Cid) observou que neste ano, com o tema da Campanha da Fraternidade, a igreja pretende conscientizar ainda mais os cristãos dos seus compromisso. Ao longo da história, declarou o religioso, a igreja vem seguindo esse ensinamento, com expressões de amor e caridade. Neste sentido, ele destacou o compromisso do ministério da caridade, conhecido como pastorais sociais, e chamou ao altar alguns grupos e instituições, como o abrigo João de Deus, creches, Pastorais da Criança e do Idoso.
"São expressões de caridade e amor, voltadas para o excluído. São centenas e centenas de pessoas dedicadas a isso, voluntariado, e queremos agradecer esses irmãos pelo trabalho que realizam na nossa Arquidiocese", declarou Monsenhor Cid.
No final da missa, o grupo de teatro da Paróquia do Perpétuo Socorro apresentou uma versão da parábola do Bom Samaritano, mostrando como devemos ajudar o próximo. A apresentação encerrou com a encenação e exibição de fotos de pessoas que dedicaram sua vida ao próximo: Irmã Dorothy Stang, doutora Zilda Arns, Chico Mendes, professora Diana Juarez, e irmão Dulce. O grupo homenageou ainda os bons samaritanos vivos, negros, os índios e ribeirinhos.
Após a celebração, os fiéis fizeram uma caminhada até a Santa Casa de Misericórdia, escolhida por ser uma instituição que se dedica a cuidar da vida das pessoas.
Entre as instituições presentes no evento deste sábado, estava a creche Diácono Francisco, de Marituba, administrada pela Cáritas e conveniada com a Prefeitura, que atende 200 crianças de 2 a 5 anos. A gestora do espaço, Francinara Barroso, falou sobre a CF 2020. "Esse ano, a campanha tem um tema muito especial, de olhar para o próximo e ter a sensibilidade de olhar as dores do outro. Na comunidade que a gente trabalha, isso e muito presente, porque nós estamos presentes em um bairro periférico, com muitos problemas. A campanha traz a importância desse olhar para quem está distante de nós", declarou.
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