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Confira dicas para minimizar os impactos diante do calor e das altas temperaturas

Especialista da Ufra dá dicas sobre o que fazer para minimizar impactos da previsão de temperaturas elevadas feita pela Organização Mundial Meteorológica (OMM)

Fabyo Cruz e Camila Guimarães
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As temperaturas globais devem bater taxas recordes nos próximos cinco anos por causa dos gases que causam o efeito estufa e do fenômeno El Niño, afirmou a Organização Mundial Meteorológica (OMM), na última quarta-feira (17). A Organização das Nações Unidas (ONU) avalia que há 66% de chance de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre 2023 e 2027. Diante desse cenário, a previsão é que um dos próximos cinco anos seja o mais quente desde o início dos registros. Em Belém, a população comentou sobre o medo das temperaturas elevadas. O meteorologista Adriano Sousa, especialista em mudanças climáticas, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), dá dicas sobre o que fazer para evitar e/ou minimizar os impactos dessa previsão para seres humanos e meio ambiente.

Caminhar pela avenida João Paulo II, no bairro do Marco, na capital paraense, é uma das práticas preferidas da estudante Tainá Lima, 19 anos. Ela conta que devido aos seus compromissos diários, só tem o horário das 15h livre para poder praticar a atividade e cuidar da saúde. Nessa hora da tarde, o sol está escaldante, sobretudo na região Norte do Brasil, mesmo assim a jovem decide enfrentar o calor para manter a rotina dos exercícios. Para aguentar o calor, Tainá afirma que não dispensa levar consigo uma garrafa d'água. Em relação à previsão da OMM, Tainá comenta ter percebido o aumento da temperatura nos últimos anos. “O calor só aumentou nos últimos anos e deve mesmo ficar mais forte”, comentou. A jovem acredita que as chances de passar mal na rua devem ser maiores às pessoas que não têm o hábito de se hidratar.  

Alerta da OMM

O relatório da OMM é baseado em cálculos de 11 diferentes centros de ciência do clima em todo o mundo. O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse que o relatório não significa que a humanidade estará permanentemente excedendo a marca de 1.5°C, especificada no Acordo de Paris sobre Mudança Climática, mas sim um alarme de que este limite será rompido com maior frequência, no futuro. Em 2022, a média de temperatura global foi de 1.15°C acima da média de 1850-1900.

Outro fator é que o fenômeno El Niño, que deve evoluir nos próximos meses, apareça num cenário de combinação de mudança climática induzida por seres humanos que levará as temperaturas globais para patamares desconhecidos. O relatório aponta, por exemplo, para o aquecimento do Ártico que poderá ser três vezes mais alto que a média global. Taalas acredita que esse quadro poderá causar impactos sobre a saúde, segurança alimentar, gerenciamento de mananciais de água e meio ambiente. E somente por isso, o mundo precisa estar preparado.

Como minimizar os impactos?

O meteorologista Adriano Sousa explica que o primeiro passo é repensarmos nossas atitudes. “A gente tem visto aí que no final das contas o homem é o vilão de todo esse processo. O homem tem causado muito desses impactos, principalmente, sobre a saúde, segurança alimentar, gerenciamento de água, meio ambiente e poluição. (...) Temos que diminuir essa emissão de CO2. Se não reduzirmos a emissão de queima de combustíveis fósseis em torno de 66 % até 2050, nós poderemos chegar a um colapso do sistema climático. E isso pode gerar problemas irreversíveis para o globo”, afirmou o especialista.

Adriano Sousa afirma também que a população precisa se conscientizar de que é responsável pelos impactos ao meio ambiente. “Somos responsáveis por todo esse processo, por exemplo, quando não jogamos o lixo na rua no dia certo para a retirada.  Acho que o mais importante é, nós como universidade, mostrar que isso vem acontecendo. Não tem receita para tudo, mas a gente precisa fazer o nosso papel. (...) Temos visto aí desastres, e a previsão só mostra que o aquecimento global e a tendência dessa mudança a longo prazo continue devido a níveis recordes por causa do aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera. Então, nós temos que fazer o nosso papel para melhorar esse processo”, assegurou.

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Belém
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