Brinquedoteca e aquário do Bosque devem ser reformados até julho deste ano
Espaço de preservação ambiental, “Rodrigues Alves” completará 138 anos de existência em 2021

Até julho deste ano, a intenção da Prefeitura de Belém é reformar, prioritariamente, a brinquedoteca e o aquário do Bosque Rodrigues Alves, que são os pontos de visitação mais procurados pela população. É o que afirma o diretor do Bosque Rodrigues Alves, Alexandre Mesquita. Um dos espaços de preservação ambiental administrados pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o Bosque completará 138 anos de existência neste 2021.
“Queremos fazer do Bosque um ponto de referência no ecoturismo. Precisamos fazer a reconstrução de alguns prédios pra receber a população. Para fazer essa readequação e contratação de uma nova empresa, estamos esperando apenas uma definição do setor jurídico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). A intenção é reformar prioritariamente, até o mês de julho, a nossa brinquedoteca e o aquário, que são os pontos de visitação mais procurados pela população”, disse.
Em entrevista à Redação Integrada, a chefe de Divisão do Bosque Rodrigues Alves, da Semma, da Prefeitura de Belém, Naiara Torres disse que são necessários R$ 3 milhões para fazer a reforma da maioria dos prédios e instalações e recintos do bosque, inclusive o Chalé de Ferro, “um lugar tombado e que precisa de um carinho especial, pois tem regimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). aqui. Tem que ter toda uma cautela para fazer essa reforma”.
Há dois anos, foi iniciado um processo de revitalização do bosque. “Uma empresa ganhou a licitação e começou a fazer essas construções aqui dentro. Foi reformado o auditório da fauna, estava iniciando o aquário, iam fazer também o chalé. Mas não fizeram. O que fizeram, basicamente, foi a reforma da antiga administração, que será o setor agora de flora, responsável pela pesquisa e manutenção do paisagismo, das podas e dos canteiros do jardim zoobotânico”, disse.
Ela contou que a prefeitura está buscando recursos para reformar o Chalé de Ferro, o Aquário, o recinto do Peixe Boi, “que não temos aqui há um tempo, pois a peixe boi tinha 60 anos e faleceu. O que mais será reformado: o prédio de manutenção do setor de fauna, os recintos de vários animais (entre os quais papagaio e quati). Estamos também querendo fazer um serpentário para conseguir mais visitantes e transformar esse jardim zoobotânico em uma área de referência de ecoturismo e também de educação ambiental”, explicou.
Revitalização mais completa e mais densa do Bosque ocorreu há mais de 20 anos
Naiara Torres disse que a última vez que o Bosque passou por uma “revitalização mais completa e mais densa tem mais de 20 anos. O Bosque precisa desse processo de revitalização, principalmente no Chalé de Ferro. As prioridades que estamos colocando de antemão são o recinto do peixe boi, o Aquário, o Chalé de Ferro, os setores de fauna, flora e, também, a revitalização do Lago da Iara. É preciso conter o processo de assoreamento que está acontecendo ali e fazer limpezas mensais para que não acumule muito material orgânico, como folhas e galhos e pedaços de madeira e não inundar o lago da Iara”, explicou Naiara Torres.
Aberto a visitações de quarta a domingo, no horário de 9 às 13 horas, o Bosque recebe em média 300 pessoas por dia. Em datas comemorativas, como aniversário de Belém, do Bosque, Dia da Árvore e outras, o local oferece passeios internos com educação ambiental.
“As pessoas costumam dizer que o Bosque é uma floresta dentro da cidade. Mas isso é um olhar micro. Quem sobrevoa Belém, percebe que isso aqui é uma cidade dentro da floresta. Aqui contamos a história natural de Belém. Antes de qualquer ser humano pisar aqui, tudo isso existia. Como o habitante da cidade está acostumado a viver entre prédios, aqui é um oásis de natureza, que só traz impactos positivos”, disse o biólogo do Bosque, Távison Rômulo.
Com obras como o monumento aos Intendentes Municipais, a estátua aos lendários guardiões da floresta Mapinguari e Curupira, o quiosque chinês, o chalé de ferro, a Gruta de Pedra-Sabão e o portão monumental da entrada principal, o Bosque Rodrigues Alves foi concluído durante o governo Antônio Lemos e virou um dos símbolos de requinte da então capital da borracha.
O local atrai o encanto de visitantes desde a entrada, com simpáticos anfitriões. Os macaquinhos que habitam o Bosque costumam circular saltitantes entre as grades externas, proporcionando gargalhadas dos transeuntes. São 523 animais, entre répteis, aves, mamíferos e peixes, e 8 mil espécimes arbóreas compondo um exuberante cenário. Com uma área de 15 hectares, o Bosque teve a inspiração do “Bois de Bologne”, uma área verde localizada em Paris/França
(Com informações da Agência Belém e da Redação Integrada).
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