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Blocos de família resistem e animam terça-feira de Carnaval em Mosqueiro

Praias tiveram movimento tranquilo no feriado, e festas foram alternativa à proibição de festejos na pandemia

Emanuele Corrêa
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Terça-feira (1) de Carnaval e as ruas de Mosqueiro, distrito de belém, não estavam tão movimentadas como nos anos anteriores. Sem blocos nas ruas ou trio elétrico, as famílias se reuniam ao longo do calçadão, mantendo um certo distanciamento para aproveitar em seus núcleos os blocos improvisados.

A família Mercês há 8 anos pula o Carnaval em Mosqueiro com o bloco familiar "Quem quer dormir vai pra Belém", que já reuniu até 30 pessoas em outros anos. Desta vez, devido à pandemia de covid-19, resolveram convidar somente a família núcleo, um total de 10 pessoas. 

Patrícia Mercês, 49 anos, é uma dos quatro irmãos que fundaram o bloco. Ela conta que em 2021 não fizeram o Carnaval da família porque o pai e a mãe tiveram covid-19 no período. Em 2022, retomaram o bloco para homenagear o pai, que faleceu vítima da doença, e para celebrar a vida da mãe, que ficou quatro meses internada, mas se recuperou.

Carnaval 2022 em Mosqueiro

Sobre o nome do bloco "Quem quer dormir vai pra Belém", Patrícia relembra que começou com uma brincadeira entre os irmãos e primos quando passavam de ônibus e viam alguém dormindo. 

"Esse ano, devido às restrições da covid, viemos em 10 pessoas. Meu irmão fazia uma brincadeira quando o pessoal queria dormir, então a gente dizia 'quem quer dormir vai pra Belém'. Este ano é mais especial. É em homenagem ao meu pai, que pegou covid e não sobreviveu. Ele amava carnaval, era muito animado. A minha mãe também pegou, mas está aqui. Estamos celebrando", disse.

A família tem até uma marchinha de Carnaval e se reuniram para cantar: "quem quer dormir, vai pra Belém que aqui na ilha tem é muita curtição. Quem quer dormir, vai pra Belém que aqui na ilha tem é muita animação".

Patrícia disse que a família veio preparada, para seguir o protocolo de distanciamento, mesmo vacinados, por isso trouxeram mesa, cadeiras, guarda-sol, além das comidas e bebidas para brincar entre eles o carnaval longe das barracas, mas na calçada pra aproveitar a vista da praia.

Movimento nas praias

Nas praias do Murubira e Chapéu Virado a programação incluía banho na praia, brincadeiras na areia e músicas variadas vindo dos bares e dos carros particulares.

image Movimento de Carnaval em Mosqueiro (Cristino Martins)

José Souza, autônomo, foi passar o feriado prolongado na casa de praia que tem na ilha. Saudoso, conta que os carnavais não são mais iguais. Por causa da pandemia, ele e a família escolheram colocar o carro na rua, ouvir algumas marchinhas e depois voltar para casa. 

"O carnaval é a história, a convivência, crescemos com isso dos pais e avós. E Mosqueiro, crescemos aqui, vivendo isso. Hoje não temos mais as brincadeiras, trio elétrico. Temos que ficar na calçada, ouvindo as músicas do carro. Esperar a maré encher, ouvir as marchinhas antigas e mais tarde voltar pra casa", concluiu.

A pausa para o lanche também é importante e de acordo com a vendedora de tapioca há mais de 30 anos, Rosália Corrêa, é na vila que o movimento não cai. Nem a tarde e nem a noite, quando as famílias se reúnem para comer a famosa tapioquinha de Mosqueiro e aproveitar a praça da vila. Ela também conta que os protocolos contra a proliferação da covid-19 estão sendo seguidos à risca.

"Esse Carnaval foi melhor do ano passado. Apesar de não ter bloco, né. As pessoas não precisam de bloco pra se divertir aqui em mosqueiro. Aqui todo mundo usa máscara, seguimos direitinho os cuidados. Quem chega pra comer tem o álcool. A gente tenta repassar os cuidados que nos foi repassado. E a noite melhora, as pessoas comem aqui na barraca e aproveita a praça", disse.

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