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'Black Fraude': saiba como escapar de golpes na hora de aproveitar as promoções

Em 2020, o Procon-PA teve 34 reclamações registradas sobre fraudes relacionadas ao período promocional

Ana Laura Carvalho

​A última sexta-feira do mês de novembro é uma das datas mais aguardadas pelos brasileiros desde o ano de 2010, ano em que a Black Friday saiu dos Estados Unidos e chegou ao Brasil. A data é uma oportunidade para quem gosta de comprar pagando pouco. Porém, diante de tantas promoções e ofertas, o consumidor precisa ficar atento para não ser vítima de golpes, que culminaram até com um apelido para data, pejorativamente chamada de “Black Fraude”.

No Pará, segundo a Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor, vinculada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, no ano passado foram registradas 34 reclamações, depois de compras em lojas físicas e virtuais, nos períodos promocionais.

Para o delegado Neyvaldo Silva, diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), da Polícia Civil, neste período do ano é comum que o consumidor se sinta empolgado para adquirir um determinado produto que sempre sonhou. Mas ele alerta que, para não cair em golpes, é preciso ter cautela e realizar pesquisas na busca pelas promoções e melhores preços.

“O sonho de ter um objeto é natural, mas o consumidor não deve se deixar levar pela empolgação, não deve acreditar em tudo o que anunciam. Na maioria dos golpes que acontecem nessa época, o consumidor compra, paga e o produto não chega. E, quando esse consumidor vai atrás, tenta cobrar, não consegue mais contato com quem vendeu e, então, ele vai saber que caiu num golpe”, explica.

De acordo com o delegado, outra situação bastante comum é quando o consumidor “pede um produto, e o site encaminha algo totalmente diferente”. “Já aconteceram casos em que a pessoa pediu um celular e chegou uma caixa com um tijolo. Então, tem que ter cautela na hora de comprar, consultar o site, ver se é seguro. A própria internet é uma fonte muito boa para se pesquisar a regularidade desses sites”, orienta o delegado, acrescentando uma dica de pagamento. “É bom optar pelo cartão de crédito, porque se o consumidor pagou a primeira parcela do cartão e enfrentou problemas, dá tempo de falar com a operadora e reaver o prejuízo”.

O delegado Neyvaldo Silva alerta, ainda, que é importante ficar atento às desproporções nos valores dos produtos. “Se um objeto vale dez mil reais e, nessas promoções, ele aparece por cinco mil reais, é preciso acender a luz vermelha, porque pode ser um golpe. E, muitas das vezes, não é possível recuperar o valor. Tem que ficar muito atento a qualquer tipo de compras, buscar referências, ver se há reclamações junto ao Procon”.

Em caso de golpe, o delegado orienta a vítima a procurar imediatamente uma delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência e, se possível apresentar provas como prints de tela do site em que a compra foi realizada, conversas em aplicativos de mensagens instantâneas, bem como comprovantes de pagamentos realizados por meio de aplicativos bancários ou agências físicas.

“Geralmente, o fim das pessoas que praticam golpes é auferir vantagem indevida em cima do patrimônio da gente, que se caracteriza estelionato, com pena de um a cinco anos de prisão. Se a vítima for pessoa idosa, a pena é aumentada de dois a dez anos”, detalha.

image Amanda Ferreira ainda prefere aproveitar ofertas mais fortes em compras presenciais, como forma de se prevenir (Márcio Nagano / O Liberal)

Consumidores ainda são adeptos das compras presenciais

Na tentativa de antecipar as compras e não enfrentar filas no Natal, a autônoma Amanda Ferreira, 28, esteve, na tarde desta quarta-feira, no Shopping Bosque Grão-Pará, para aproveitar as promoções que já começam a ser expostas em algumas lojas. “Observei que os descontos só vão se intensificar mais para o final do mês. Ainda não deu para notar diferença em todos os produtos. Mas, por exemplo, nessa loja de maquiagens os preços já estão muito bons. De todas as lojas que já visitei, essa foi a que eu mais me identifiquei”, explica Amanda Ferreira, ao contar que, para evitar ser vítima de golpes e prejuízos, ainda prefere fazer compras presencialmente.

“Com certeza, é mais seguro, porque nós estamos cara a cara com os produtos e, assim, podemos conferir se está tudo certo com eles. Além disso, estamos vendo também o que estão fazendo com nossos cartões e com o nosso dinheiro, na hora do pagamento, para evitar dor de cabeça”, avalia.

A administradora Jéssica Sales, 31, também foi ao shopping aproveitar as ofertas e promoções para renovar o vestuário da família e do filho, de apenas seis meses. “Vim no intuito de aproveitar a Black Friday, porque já tem algumas coisas em oferta e eu quero levar roupas, calçados para mim e para o meu bebê”. Jéssica ainda é uma das pessoas adeptas das compras presenciais, sobretudo nesta época do ano em que “todo mundo quer comprar e isso atrai os olhares de golpistas, que se aproveitam para lucrar”.

image Confira as dicas (Alynne Cid / O Liberal)
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