Belenenses dizem estar mais esperançosos após começo da vacinação
Pelas ruas, muitos afirmam estar mais tranquilos, esperando a vez de se vacinar
A Campanha de Vacinação contra a covid-19 iniciou oficialmente em Belém nesta quarta-feira (20) e segue até o dia 1º de fevereiro. Até esta data, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) visa imunizar nas duas fases da ação o total de 19,8 mil profissionais de saúde, que atuam no atendimento direto aos portadores ou suspeitos da doença, e 172 idosos albergados, que vivem em asilos públicos municipais.
Mesmo que a vacinação contra a covid-19 ainda não possa atingir toda a sociedade belenense (formada por cerca de 1,6 milhão de habitantes), pelas ruas da cidade é possível perceber que existem muitas pessoas menos aflitas e apreensivas.
Agora, elas transmitem um pouco mais a sensação de leveza, alegria, tranquilidade, paciência e esperança devido à chegada dos produtos no Brasil, no Pará e em Belém.
Quem se diz mais aliviado com a chegada da vacina é professor de química Márcio Santos, 40 anos. “Quando chegar a minha vez vou vacinar sim. Como sou da área das ciências, sempre acreditei na evolução da ciência. Desde o início da pandemia, andei bastante meio tenso e apreensivo. Mas agora estou mais aliviado”.
Santos teve covid-19 naquele período do pico, no final de abril, e foi parar no hospital. “Sei que a doença é real e muito tive medo de morrer. Agora vejo na imprensa a chegada da vacina, de pessoas sendo vacinadas e estou tão feliz. Vou esperar a minha vez para vacinar, sim. Nesse tempo, vou tomado todos os cuidados de sempre”, conta o professor, que leciona na rede pública e particular de ensino em Belém.
A micro empresária Flávia Chaves, de 29 anos, também destaca que segue com os cuidados necessários que a pandemia requer até chegar a vez dela receber a vacina contra o do novo coronavírus (Síndrome Respiratória Aguda Grave - Sars-Cov-2), que leva à doença covid-19.
“Sei que Belém já começou a vacinar. Enquanto não sou vacinada, vou respeitando os protocolos usando máscara, álcool em gel e tudo mais. Estou louca para ser vacinada. Acho que vou ser do último grupo. A vacina vai ajudar a melhorar nossas vidas, até porque estou louca para sair um dia nas ruas sem máscara”, afirma Flávia Chaves, que mora no bairro do Marco, e acredita que ainda não foi infectada pelo vírus.
“Estou tranquilo só esperando a hora de me vacinar. Não estou quase saindo de casa e saio pra fazer só o básico. Com a vacina vai melhorar muito minha vida, porque vou poder visitar meu filho, já que a pandemia me afastou de tanta gente que amo. Isso é o mais difícil pra mim. Vou esperar quem mais precisa vacinar e quando chegar a vez dos mais novos vou me vacinar, sim. Vou manter os cuidados de sempre e mesmo depois de me vacinar”, ressalta Fábio Oliveira, 30 anos, assistente em uma oficina de serviços em geral e mora no bairro de Canudos.
A Sesma orienta que enquanto a vacinação não chega para todos e mesmo que os que já vão receber a primeira dose da vacina, é fundamental manter aqueles cuidados triviais que a pandemia da covid-19 requer: usar máscara, lavar as mãos, usar álcool em gel e manter o distanciamento social.
Por enquanto, como uso emergencial, a vacinação no Brasil utiliza a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, autorizou, neste domingo (17), também o uso da vacina de Oxford, AstraZeneca/Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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