Belém tem queda de casos ligados ao vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela

Boletim epidemiológico da Sesma aponta recuo de 87% em comparação a registros de 2019

Redação integrada de O Liberal
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O último boletim epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Devs/Sesma), divulgado na segunda-feira (3), apontou que os casos de arboviroses caíram em mais de 87% este ano em Belém, em comparação a 2019.

As arboviroses são as doenças causadas pelos arbovírus, como o vírus da dengue, o zika vírus, a febre chikungunya e a febre amarela. A classificação engloba todos os vírus transmitidos por artrópodes, ou seja, insetos e aracnídeos.

Os dados revelam que, no ano passado, 1.112 casos de dengue, zika e chikungunya foram confirmados na capital, contra 140 neste ano, no mesmo período.

“Esta redução representa o esforço do combate às endemias, ainda que em um cenário pandêmico. Houve a necessidade de reajustarmos nossas equipes que realizam o trabalho de bloqueio das doenças e de educação em saúde”, destacou o coordenador do Programa Municipal de Controle de Endemias, Tadeu Morais.

Número de casos de dengue recuou 96%


Os números apontam ainda que em relação à dengue houve uma queda de 95,8% nos casos desde o início da gestão atual. Em 2012, Belém registrava 1.894 casos, sendo que no ano passado caiu para 92. Desde 2016 Belém não registra mortes pela doença.

Durante a pandemia de covid-19, o combate à dengue prosseguiu com a realização de ações de controle bloqueios de transmissão, intervenções em pontos estratégicos e situações especiais com inspeções em terrenos baldios, obras e residências com casos suspeitos.

“O nosso alerta à população é, sobretudo, para que as pessoas não se esqueçam da dengue por conta da pandemia do novo coronavírus. Quem está em casa pode aproveitar para limpar o quintal, retirar entulhos e tudo o que pode acumular água parada, até mesmo o escorredor de louças. Nossos agentes seguem vistoriando terrenos e prédios públicos, mas os moradores precisam continuar fazendo a sua parte”, alertou o coordenador do Programa Municipal de Controle de Endemias.

Sem focos de malária


Em 2013, Belém registrava 27 casos de malária autóctone, que é originada no município. As estratégias utilizadas pelas equipes de Vigilância Epidemiológica para o controle da infecção levaram à redução na taxa de incidência e letalidade da doença, eliminando a transmissão em áreas urbanas.

No período de 2014 a 2017, Belém zerou o número de ocorrências de casos originados no município. Apenas em 2018 é que foi notificado um caso da doença, no bairro do Barreiro. E a partir de 2019 a capital voltou a zerar o número de casos.

De acordo com o parâmetro epidemiológico Incidência Parasitária Anual (IPA), adotado pelo Ministério da Saúde para medir o risco de transmissão de malária, a capital está classificada como área de baixo risco para transmissão local da doença, com 0,01 casos por 1.000 habitantes/ano.

“Investimos constantemente em medidas para identificação de doentes e para combater o mosquito Anopheles, transmissor da malária. Este ano, de janeiro a julho, em decorrência da pandemia de covid-19 também houve redução de casos importados de outros municípios, pois as viagens estavam suspensas. Foram contabilizados 41 casos positivos importados contra 157 no ano passado, no mesmo período”, informou a biomédica e coordenadora do Programa Municipal de Controle da Malária, Eliete Campelo.

image Capital segue combate ao mosquito e não registrou casos de malária (Agência Belém)

 

Setecentos agentes contra mosquitos


Em relação à prevenção e controle de doenças, Belém também avançou no quantitativo de agentes de combate às endemias (ACEs), que desenvolvem atividades de combate ao vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, e à malária, transmitida pelo mosquito do gênero Anopheles.

Em 2012, atuavam 376 agentes e atualmente esse número cresceu para 744 agentes, o que representa um aumento de aproximadamente 98% no quadro de servidores que desenvolvem um conjunto de atividades de vigilância em saúde.

“Uma das funções do agente é inspecionar a área externa do imóvel verificando todos os depósitos favoráveis à proliferação de mosquitos, e sempre na presença do morador e com sua autorização”, explica Tadeu Morais.

O agente também coleta amostra dos focos encontrados e trata a área com larvicida, um produto utilizado no controle de vetores dessas doenças, além de repassar orientações educativas ao morador. Já em locais onde há a confirmação de casos, as equipes realizam aplicações com o “fumacê”, veículo que pulveriza inseticida (com informações da Agência Belém).

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