Belém tem programação de conscientização no Dia Mundial da Limpeza

Caminhada ecológica, trilhas educativas, distribuição de mudas, atividades de educação ambiental e, sobretudo, sensibilização e conscientização sobre o cuidado com o descarte inadequado do lixo. Essa foi a pegada do Dia Mundial da Limpeza (Clean Up Day), celebrado no dia 21 de setembro em vários países, e que reuniu centenas de pessoas, instituições, órgãos públicos e sociedade civil neste sábado (21), no Parque do Utinga, em Belém.

O Clean Up é um evento que ocorre, simultaneamente, em 157 países, onde milhões de voluntários se reúnem para limpar suas cidades, incluindo praças, praias e parques. No Pará, as ações ocorreram no Portal da Amazônia (Icoaraci/Belém), Praia de Ajuruteua (Bragança), Bernardo Sayão (Belém), lago no Parque do Utinga (Belém) e Praia do Cajueiro (Alter do Chão).

“A proposta não é só a limpeza urbana, o ato em si, mas chamar a atenção para o descarte inadequado de resíduos urbanos e sensibilizar sobre a produção do lixo. Não é só colocar sua sacolinha no lugar certo, é ser responsável por ele sempre. O lixo é um problema da sociedade, de todos”, enfatizou a coordenadora da ação pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) por meio do programa Territórios pela Paz (TerPaz), Andreia Monteiro.

Gabriel da Silva Lima, 14 anos, aluno da Escola Estadual Celina Del Tetto, no bairro Icuí-Guajará, em Ananindeua, se formou agente ambiental pelo TerPaz e atuou na ação no Parque do Utinga. Para ele, é preciso mudar o modo de pensar das pessoas sobre o lixo. “No que depender de mim, essa mudança já começou. Precisamos aprender, cuidar, levar pra vida e repassar essa informação pra que mais pessoas hajam em prol do Planeta”, afirmou.

O entendimento que Gabriel teve é o que Sebastião Santos, da Limpa Brasil (uma das instituições parceiras na grande ação) prega como filosofia de vida. Para ele, o Dia Mundial da Limpeza, realizado uma vez por ano, não vai resolver o problema do lixo no Brasil, mas vai conscientizar cada vez mais pessoas. “Lixo é uma coisa que ninguém quer por perto. Não ocupa só espaço físico e não é só um problema ambiental, é uma questão política e econômica do País e de todos nós. O cuidado com o Planeta e com a questão precisa ser mundial”, diz.

Segundo ele, as gerações aprenderam que bens ambientais, a floresta e os animais, eram infinitos. “Hoje, sabemos que não é assim. Precisamos crescer economicamente e sustentavelmente, e esse é o grande desafio do milênio. Belém está na Amazônia, tem uma importância fundamental nesse contexto. Precisamos analisar os problemas e gastar energia e massa encefálica com soluções”, afirma.

A programação teve apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Unama (unidade Ananindeua), Limpa Brasil, Empresa Planta, Instituto Nhandeara e Sebrae Pará.