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Belém tem primeiro dia de aplicação de CoronaVac em crianças de 6 aos 11 anos, nesta segunda (23)

Especialista afirma que crianças sem vacinação podem desenvolver as formas graves da doença, caso tenham Covid-19

Emanuele Corrêa / Liberal

A vacinação de crianças segue nesta segunda-feira (24), em Belém e demais municípios, de acordo com o próprio calendário vacinal. A capital paraense terá a primeira aplicação de CoronaVaC, em crianças de 6 aos 11 anos. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que distribuiu as duas remessas de doses da Pfizer pediátricas enviadas pelo Ministério da Saúde (MS) de maneira emergencial e aguarda novos envios. Os 13 Centros Regionais de Saúde receberam no último sábado (22) as vacinas da Coronavac. A Sespa informa ainda que cabe aos municípios fazerem suas retiradas, são 160 mil doses para utilização em crianças.

Serão 17 postos de vacinação funcionando a partir desta segunda (24) com atendimento exclusivo, das 9h às 17h, para crianças nascidas entre os anos de 2010 e 2015, ou seja, entre 6 e 11 anos. Os pais ou responsáveis devem levar as crianças na faixa etária portando CPF, caso a criança também tenha o documento, é importante levar. Antes da vacinação, o responsável assina um termo de responsabilidade para a vacinação contra a Covid-19.

O médico infectologista, Lourival Marsola, explica a diferença entre a vacinação com a Pfizer pediátrica e com a CoronaVac, que será administrada pela primeira vez, em Belém, após a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "A grande expectativa que nós temos é acelerar a vacinação de crianças e conseguimos vacinar o mais rápido possível já que temos duas vacinas disponíveis, sendo que é CoronaVac ela é uma vacina que tem produção local né pelo Butantã. Facilita a disponibilidade das doses, o que facilita o seu amplo uso. Além de que a CoronaVac ela é utilizada na mesma apresentação que é utilizada para os adultos, já a vacina da Pfizer existe uma apresentação específica para a faixa etária pediátrica, mas as duas têm em comum a produção de anticorpos e a defesa contra a covid", explicou.

"A diferença entre elas é a metodologia, a plataforma de ação. A vacina da Pfizer utiliza o RNA mensageiro, que vai produzir informações sobre a proteína S do vírus, a proteína Spike. Já a vacina CoronaVac, é de vírus inteiro morto, já bastante utilizado em vacinação de crianças e adultos no Brasil e no mundo", completou.

Marsola analisa o cenário com otimismo e acredita que a vacinação entre crianças traz esperança e ele, enquanto pai, esperou muito por esse momento, pois sabe que as crianças em contato com o vírus podem desenvolver a forma grave da doença. "As duas [vacinas] também têm trazido esperança. Agora os pais vão poder ter uma maior gama de vacinas que poderão ser utilizadas em seus filhos, já que era uma expectativa muito grande deles, e aí eu me incluo como pai, também poder vacinar os nossos filhos. Os pais podem ficar tranquilos, as vacinas foram testadas em estudos clínicos. São milhões de doses aplicadas pelo mundo e uma forma eficaz", ressaltou.

"Sabemos, por exemplo, que um dos efeitos colaterais mais temidos pelos pelos pais é a miocardite, muito usada na tentativa do movimento antivacina. Nós sabemos que a miocardite -  inflamação do músculo cardíaco - é muito mais frequente causada pelo próprio vírus da Covid, quando comparado com como um possível efeito da vacina da Pfizer. Crianças têm a seu favor uma resposta [imunológica] muito boa. Importante é que a gente coloque na possibilidade com o avançar da vacinação e, de acordo com novas variantes que surjam, a possibilidade de que as próprias crianças possam fazer dose de reforço, assim como todos os adultos precisam fazer essa dose de reforço", concluiu.

Como mensagem final aos pais, alerta o infectologista, que as duas vacinas são seguras e que a Covid-19 na faixa etária pediátrica não pode ser relativizada ou minimizada, como algumas pessoas a consideram "benigna", reafirma. "Precisamos entender que a Covid na faixa etária pediátrica, em crianças, não é uma doença benigna, como muitas pessoas tentam passar contra a vacina. Ela não é! A Covid em crianças produz doenças graves, produz infelizmente eventos fatais com a morte. Ela pode produzir o quadro crônico da covid, pode também produzir uma síndrome tardia mesmo após a criança ter se curado, que a 'síndrome inflamatória sistêmica pediátrica'. Então, é fundamental que nossas crianças sejam vacinadas para que elas possam voltar com segurança às suas escolas, às suas atividades sociais. Além de tudo isso, a gente sabe que as crianças podem representar veículos de transmissão do vírus para pessoas dentro de casa e no seu ambiente social", finalizou.

Pontos de vacinação exclusivos para atendimento de crianças (nos dias exclusivos para atendimento de crianças de 6 a 11 anos):

1. Boulevard Shopping Belém - Estacionamento G6. Avenida Visconde de Souza Franco, 776. Reduto;

2. Cassazum. Travessa Perebebuí, 2.042, Pedreira;

3. CCBS-UEPA. Avenida Almirante Barroso, esquina Travessa Perebebuí;

4. Escola de Enfermagem da Uepa. Avenida José Bonifácio, 1.289, Guamá;

5. Faculdade Cosmopolita. Avenida Tavares Bastos, 1.313, Marambaia;

6. Fibra. Avenida Gentil Bittencourt, 1.144, Nazaré;

7. Funbosque. Avenida Nossa Senhora da Conceição, Distrito de Outeiro;

8. Icoaraci. Escola Liceu de Artes e Ofícios Mestre Raimundo Cardoso. Travessa dos Andradas, 1.110, Ponta Grossa;

9. Icoaraci. Sest/ Senat. Avenida Augusto Montenegro, 765, Águas Negras;

10. It Center. Avenida Senador Lemos, 3.153, Sacramenta;

11. Mosqueiro. Casa de Endemias de Mosqueiro. Rua Francelina Santos (Rua da Bateria), Farol;

12. Mosqueiro. E.M.E.F. Desembargador Maroja Neto. Estrada São Francisco, s/n, São Francisco;

13. Parque Shopping, hall de entrada. Avenida Augusto Montenegro, 4.300, Parque Verde.

14. Shopping Bosque Grão-Pará, entrada de carros exclusiva pelo acesso do Condomínio Cidade Cristal (acesso D) e entrada de pedestres pelo acesso da Rodovia dos Trabalhadores (acesso G);

15. Unidade de Referência Especializada Materno Infantil e Adolescente (Uremia). Avenida Alcindo Cacela, 1.421, Umarizal;

16. Unifamaz, Avenida Visconde de Souza Franco, 72, Reduto;

17. Universidade Federal do Pará (Mirante do Rio/ UFPA, campus Guamá). Avenida Perimetral (entrada 3º Portão) em frente ao Terminal de Ônibus.

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