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Belém fecha 2021 entre nove capitais que mais vacinaram, avalia Sesma

Secretário de saúde e médico infectologista esperam que em 2022 o Pará comemore ainda mais conquistas

Emanuele Corrêa / O Liberal
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Belém está entre as nove capitais brasileiras que mais imunizaram com as duas doses de vacina anticovid a população vacinável - acima de 12 anos - de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). As outras capitais são Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre e Fortaleza, segundo o órgão.

As perspectivas na área da saúde para o ano de 2022 são positivas, tanto na capital, quanto nos demais municípios paraenses, levando em consideração as previsões feitas pelos órgãos de saúde e especialistas no assunto, que apontam a diminuição dos casos e maior cobertura vacinal.

Maurício Bezerra, secretário municipal de saúde de Belém faz uma avaliação positiva sobre o cenário epidemiológico em função da cobertura vacinal, não só para a covid-19, mas também para o surto de virose que se instalou no município no último mês. "Conseguimos alcançar 90% da população com vacinação completa de duas doses. A expectativa é que haja uma diminuição de casos de Covid e transmissão da doença. Com relação ao vírus da influenza, H3N2, em função das medidas que estão se tomando de controle e intensificação da vacinação, espera-se que até final de fevereiro de 2022 este surto de gripe esteja controlado no município de Belém", explicou.

Pandemia

Questionado sobre o fim da pandemia e a superação da doença, Maurício afirma que só será possível dizer que a pandemia está controlada, quando uma porcentagem considerável da população mundial estiver vacinada e, por isso, reforça o alerta para os não vacinados. "Isto é uma afirmação que ainda não é possível fazer, porque tudo vai depender do grau de evolução do processo do mundo. A gente só pode afirmar que a pandemia estará controlada, quando tivermos 70% da população mundial com as duas doses", comentou.

image Secretário de Saúde espera que em 2022 o Pará comemore ainda mais conquistas (Igor Mota / O liberal)

No entanto, o secretário municipal de saúde acredita que a população pode continuar fazendo a sua parte e que este período de festas de final de ano deve ser celebrado, mas com responsabilidade, para que o início de 2022 seja melhor do que os anos anteriores. "Nós solicitamos, imploramos à população que ela observe os cuidados de proteção individual. Neste momento de festas de final de ano, solicitamos que observem com muito critério as aglomerações. Evitar os ambientes fechados, usar máscara, manter o uso de álcool. Ambientes fechados facilitam muito as doenças virais. Com esses cuidados, as pessoas podem garantir as suas saúdes. Que 2022 seja um ano menos traumático que em 2020 e 2021", refletiu.

Pontos de vacinação

Maurício relembra os 75 pontos de vacinação com todos os imunizantes disponíveis e diz que Belém está bem assistida, por isso, 2022 tem potencial de ser um ano melhor que os anteriores à pandemia. "Precisamos lembrar que temos 75 pontos de vacinação, entre UBS, estratégias de saúde da família, nove CRAS, vários parceiros privados, filantrópicos, pontos comerciais. Além dos três hospitais de pronto socorro em Belém e em Mosqueiro; cinco UPAS e 8 unidades básicas de saúde que estão funcionando 24h para qualquer urgência e emergência", declarou.

Lourival Marsola, médico, especialista em doenças infecciosas e parasitárias, explica que o cenário para 2022 tem uma perspectiva de avanços, no Estado do Pará e no Brasil. Com a possibilidade dos reforços de terceira e mais doses, garantindo uma boa imunidade e evitando as formas graves da doença e a diminuição no número de notificações. "Que a gente avance na vacinação, principalmente, considerando a terceira dose. Nós vamos entrar no cenário do Brasil e nos Estados do questionamento da aplicação da quarta dose da vacina. Alguns países já iniciaram a quarta dose. Nós estamos no cenário positivo. Já que temos número de casos controlados de Covid. Principalmente as questões relacionadas com internação e morte reduziram muito. A tendência é que continue em queda", reforça.

Vacina é fundamental

"Todos nós especialistas, cientistas e a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) viemos pontuando que é fundamental que todos estejam vacinados contra Covid. Temos o risco do surgimento de novas variantes mais contagiosas ou com maior poder de causar doença na forma grave. Mas a nossa perspectiva é positiva, que a gente continue com a redução no número de casos e uma maior adesão da população à vacinação. Até porque, é bem provável que em 2022 mais instituições, serviços, setores relacionados a negócios comecem a exigir a carteira de vacinação contra Covid. O que vai fazer com que a população gradualmente entenda a importância de se vacinar e procure uma unidade básica de saúde", observou.

Otimismo para 2022

Após balanço, o infectologista diz que o seu olhar para 2022 é um olhar de esperança. Acredita na ciência e que por meio dela novas vacinas mais e estratégias sejam desenvolvidas para combater não só o vírus da covid-19, mas o da desinformação que atrapalhou principalmente na sensibilização da população no início da vacinação.

"Por mais que nós vivamos a presença de novas variantes da Covid a ciência será capaz de desenvolver vacinas mais eficazes com um efeito de proteção mais duradouro. Espero que a população entenda essa importância de caminharmos como humanidade única. De braços dados, de mãos dadas. Porque só assim o mundo conseguirá enfrentar esta pandemia. Outra expectativa que eu tenho de 2022 é que os nossos órgãos reguladores políticos criem medidas mais severas para acabar com as fake news. No momento da pandemia foram muito fortes e muito prejudiciais para que a gente conseguisse trabalhar as medidas de prevenção, para que a gente pudesse trabalhar as campanhas de vacinação", relembrou.

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