Belém está no risco grave e as chuvas podem ocasionar alagamentos
Em 2021, já são 245 pedidos de vistorias na Defesa Civil da cidade. Os danos foram em decorrência de vendavais, alagamentos e incêndios. Além de rachaduras e riscos de desabamentos dos imóveis

Somente em 2021, até a primeira semana de fevereiro, a Defesa Civil de Belém, capital paraense, já soma 245 pedidos de atendimentos a pessoas que acionaram o órgão para a realização de vistorias técnicas em Belém, nos distritos e ilhas que pertencem à cidade. As razões envolvem danos sofridos em decorrência de vendavais, alagamentos e incêndios. Outros motivos são rachaduras e riscos de desabamentos dos imóveis.
Hoje as solicitações envolvem mais os bairros periféricos, onde há muitos moradores em condições de vulnerabilidade social, e que vivem próximos a canais, como Curió-Utinga, Terra Firme e Icoaraci. Então, é importante que as pessoas que vivem nessas e outras áreas que oferecem algum risco estejam atentas e os órgãos responsáveis também, uma vez que, a cidade está no alarme laranja. Isto significa risco intermediário ou grave, é o acumulado de chuvas, que podem gerar alagamentos, segundo a Defesa Civil da cidade.
Christiane Ferreira, coordenadora da Defesa Civil de Belém, órgão que atua na capital paraense e nas ilhas de Belém e é integrante da Defesa Civil Estadual, explica que nessas demandas ordinárias as pessoas procuram a Defesa Civil Municipal, porque esta emite o documento da vistoria técnica, que ajuda na busca dos direitos das vítimas junto aos órgãos municipais e estaduais.
“A Defesa faz o levantamento, entrega o laudo e a pessoa faz a busca dos seus direitos. Nossa ação é assistencial com campanhas de doação. O documento é o principal para solicitação de auxílios junto à Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), e programas relacionados à moradia, pela Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab), órgãos do governo do Estado”.
Ela esclarece que, por enquanto, o órgão ainda não têm dados históricos no sistema das ocorrências em relação aos anos anteriores. “Até agora, só temos os de 2021. A demanda é linear. Em janeiro foram cerca de 200 pedidos. Na primeira semana de fevereiro, foram 45 pedidos também por demanda privada e não pública.
“Temos um aumento devido à visibilidade que demos à sociedade do serviço oferecido. Por enquanto, todas essas demandas são de residências. Em fevereiro, elas diminuíram em relação a janeiro, porque é um período de chuvas e muitas pessoas não buscam, porque não saem de casa. Ainda não há demandas nas ilhas e nos distritos, pois nem sempre as pessoas têm conhecimento dos nossos serviços. Por isso, estamos dando visibilidade”, reitera a coordenadora.
Atualmente, as demandas envolvem mais os bairros periféricos, com situação social mais preocupante, e próximos a canais, como Curió-Utinga, Terra Firme, Icoaraci. “As pessoas que buscam esse tipo de auxílio está em situação de vulnerabilidade social e vivem em áreas de riscos, que são todas aquelas que podem ser inundadas ou alagadas, como próximas a canais, porém, cada área tem uma estrutura. A Defesa Civil Municipal é uma grande articuladora das políticas e não só atende essa demanda, mas também identifica pontos vulneráveis e demanda as secretarias para o atendimento”, afirma Christiane Ferreira.
Demanda privada X pública
A demanda privada é quando a pessoa, o usuário, solicita, presencialmente, na Defesa Civil Municipal, o pedido de vistoria técnica ou solicita por e-mail. A pública é quando a Defesa é acionadada pelo Centro Integrado de Operações (Ciop), vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), por meio do 190, ou da Defesa Civil Estadual ou chamada pelos órgãos públicos municipais, estaduais ou federais.
A coordenadora da Defesa Civil de Belém explica ainda que as demandas extraordinárias envolvem incêndios de grandes proporções, alagamentos e vendavais, com diversas vítimas identificadas. “Em situação de grande repercussão não necessariamente a Defesa Municipal atende a todas, pois algumas são atendidas pela Defesa do Estado, porque nossa atuação pode e deve ser em conjunto”.
Alarmes
A Defesa Civil de Belém recebe os alarmes para a cidade e os publica no Twitter. Nesta terça-feira (16), a cidade está no alarme laranja, que significa risco intermediário ou grave, é o acumulado de chuvas, que podem gerar alagamentos. Já o alarme amarelo significa menor risco. O alarme vermelho quer dizer que o risco é gravíssimo.
“Nessas áreas propícias a alagamentos a Secretaria Municipal de Saneamento tem feito trabalho de limpeza, dragagem e drenagem, para evitar que alagem e, como consequência, gerem vítimas. Então, um serviço puxa o outro”, enfatiza Chrstiane Ferreira.
Como acionar a Defesa Civil de Belém?
Pessoas que se enquadram nos perfis de políticas públicas municipais e estaduais, e precisem de vistoria técnica em um imóvel que apresenta qualquer dano, podem procurar pela Defesa Civil Municipal. Basta ir, pessoalmente, no segundo andar da Aldeia Cabana, que fica na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. Ou pelo e-mail plantao@defesa.pmb.pa.gov.br.
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