Belém e mais três cidades do Pará farão levantamento de déficit arbóreo da capital

Três municípios do Pará irão auxiliar Belém a fazer um levantamento do déficit arbóreo da cidade. As gestões de Abaetetuba, Barcarena e Santarém devem se reunir na próxima semana, com data ainda a definir, para ajustar os detalhes. Além disso, cerca de 150 mil árvores devem ser plantadas para ajudar a capital paraense a se tornar mais sustentável, com mais verde e preservação florestal. As ações foram tratadas pelo prefeito Edmilson Rodrigues, na última quinta-feira (4), em Brasília.

As reuniões envolveram o prosseguimento das obras do Igarapé do Mata Fome, no bairro do Tapanã, do Programa da Bacia da Estrada Nova (Promaben), o desenvolvimento e fortalecimento da região amazônica por meio de projetos em parceria com instituições internacionais, que tem o intuito de ajudar a cidade a alcançar uma melhor performance dentro dos propósitos de sustentabilidade.

Em entrevista exclusiva concedida ao Grupo Liberal, o gestor destacou os pontos a serem seguidos em todas as fases do processo de busca por uma região mais limpa e ecológica.

Iniciativa internacional visa reflorestar Belém

Um desses programas é o Cities4Forest, da WRI, uma Organização Não Governamental (ONG) internacional com atuação no Brasil e tem relação com a Frente Nacional de Prefeitos. A ideia é investir no plantio de árvores para tornar Belém mais arborizada, restaurando, conservando e gerenciando a natureza. De acordo com o prefeito da capital, são necessárias cerca de 480 mil mudas na cidade. Para isso, 150 mil destas serão plantadas até 2024. Com as plantações, a perspectiva é que um balanço climático seja criado.

“Temos o desafio de arborizar a parte continental de Belém. Onde tem bairros como Guamá, Terra Firme, Jurunas, Cremação, São Brás, os mais conhecidos, mais centrais, como a Cidade Velha, e os mais populosos, é exatamente onde tem menos árvores. Então, participar dessa rede de cidades para a floresta, ter noção da arborização como elemento importante da defesa do clima, do equilíbrio climático, é fundamental”, comentou Edmilson.

Alcançar até 2030 os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável é a meta. Para isso, o passo seguinte é reunir com as demais cidades que aderiram ao compromisso e juntar dados referentes à quantidade de árvores em falta. A construção de cercas para proteger as espécies de furtos também está no planejamento.

“Já se uniram Abaetetuba, Barcarena e Santarém. A reunião contará com a presença de outras prefeituras. O objetivo é que eles nos ajudem a fazer o levantamento do nosso déficit arbóreo. Com base nas informações, a ONG vai buscar recursos com as parceiras internacionais para nos ajudar no processo de superar as debilidades”, detalhou o prefeito.

Sustentabilidade também é buscada na Associação Municipal do Brasil

Outro compromisso feito durante a visita do prefeito a Brasília é a inclusão de Belém na Associação Municipal do Brasil (AMB). A entidade é financiada pela União Europeia e, no âmbito mundial, mais de 11 mil prefeitos fazem parte para lutar pelo clima e pela geração de energia.

Com a entrada da cidade na associação, ficam disponíveis atividades para Belém ter acesso, como informações e premiações. “Para participar, eu assino um manifesto da rede em defesa do clima como prefeito, mas também assino a filiação a entidade. Com isso, a gente tem direito de receber informações, participar de fóruns e receber uma premiação anual conforme os avanços no âmbito dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Eles vão nos ajudar formando os servidores públicos a uma série de programas de formação técnica, além de buscar recursos para apoiar projetos concretos”, disse Edmilson Rodrigues.

A adesão leva ainda Belém a fazer parte do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).