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Ato reúne movimentos sociais, povos indígenas e grupos de lutas em defesa dos direitos da floresta amazônica em Belém

A manifestação marcou o lançamento do X Fórum Social Pan-Amazônico, que ocorrerá de 28 a 31 de julho, na capital paraense

Laís Santana
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Belém recebeu nesta quinta-feira (30), o ato "Belém em Defesa dos Povos da Floresta", manifestação que reuniu movimentos sociais, povos indígenas e grupos de lutas em defesa dos direitos da floresta amazônica para uma caminhada pela região central da capital paraense. Os participantes do evento se concentraram na Escadinha do Cais do Porto e saíram em caminhada pela Boulevard Castilho França até a Praça do Relógio, no bairro da Campina. A atividade foi promovido pelo comitê do X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa) conta com o apoio da Prefeitura de Belém. 

Antes do ato, foi realizada um encontro de lideranças no Solar da Beira, no Ver-o-Peso, que marcou o lançamento do X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa), evento que ocorrerá de 28 a 31 de julho, na capital paraense, com objetivo de dar mais visibilidade à luta pela Amazônia e a todos os povos que nela vivem e se sentem ameaçados. 

Luiz Arnaldo Campos, membro da secretaria executiva do X Fospa, explica que o fórum vem para dar espaço e voz a todos os povos que compõem a amazônia. "Nós tivemos um grande esquenta do que vai ser o Fórum Social Pan-Amazônico, tivemos a representação dos povos indígenas, dos quilombolas, dos ribeirinhos e representação dos camponeses, ou seja, essas quatro grandes amazônias estiveram reunidas aqui falando das suas lutas e resistências, e de que forma o Fospa ajuda nessa resistência", pontua. 

Campos ainda ressalta que o ato faz parte da agenda de atividades da Fospa porque "não é possível ficar calado", principalmente após o assassinado do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. 

"Não é possível estar construindo um Fórum Social Pan-Amazônico e acontece uma hecatombe dessas e você passa batido. A partir daí pensamos em fazer o protesto junto com o lançamento do evento. Belém é a capital da resistência, desde os Tupinamba, passando pela Cabanagem, temos essa energia", afirma Luiz Arnaldo Campos. 

Representatividade

A atividade contou com a participação de lideranças indígenas, quilombolas e ribeirinhas, como Tomas Yekwana, da Associação Hutukara, entidade dos povos Yanomani e Yekwana, da fronteira entre Brasil e Venezuela, fortemente assediada por garimpeiros; Célia Neves, das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas de Curuçá; e Érica Monteiro, da Coordenação Nacional dos Quilombolas.

Wender tembé, liderança indígena do povo Tembé na Ilha Rara, localizada na terra indígena do Alto Rio Guamá, em Santa Luzia do Pará, próximo de Capitão Poço, avalia as iniciativas como fundamentais para sensibilizar os povos indígenas e toda a população, não só da Amazônia como também do país e do mundo. 

"A gente se preocupa com a Amazônia, por isso estamos aqui. E esperamos que tenha uma grande repercussão porque a Floresta Amazônica pede socorro e quem tem que socorrer são os humanos que moram dentro dela e também que usufruem dela. A gente não quer mineração, exploração das terras indígenas, a gente quer regularização das terras. A gente espera que o governo demarque nossas terrar, pare com a exploração de madeira, pare com o genocídio indígena, pare de perseguir as lideranças indígenas que são os guardiões da floresta. A Amazônia não é só dos indígenas, é de todo povo que habita nessa terra", declara. 

Além das lideranças, participaram do ato o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e de modo virtual o ator Paulo Betti, o cineasta Zelito Viana, o cacique Raoni e a ativista ambiental Greta Thunberg.

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Belém
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