AquaPraça é montada em Belém como símbolo da COP30 e legado internacional para a Amazônia
Montada no Rio Guamá, em frente ao Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, no bairro da Cidade Velha, a AquaPraça já se apresenta como um marco para a cidade e para o evento.

Belém recebeu, nesta sexta-feira (3), a AquaPraça, uma estrutura inédita que integra arquitetura, inovação tecnológica e compromisso ambiental, e que promete ser um dos grandes símbolos da COP30. Lançada mundialmente na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, na Itália, a instalação chega agora à capital paraense com a proposta de ser palco de debates sobre mudanças climáticas e o futuro sustentável do planeta. Montada no Rio Guamá, em frente ao Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, no bairro da Cidade Velha, a AquaPraça já se apresenta como um marco para a cidade e para o evento.
O projeto foi concebido pelo renomado arquiteto italiano Carlo Ratti, sob a coordenação e apoio decisivo do Governo da Itália, por meio do Ministério das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional e do Ministério do Meio Ambiente e da Segurança Energética. A liderança italiana mobilizou uma ampla rede de parceiros internacionais, que inclui o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o CIHEAM Bari, o programa Connect4Climate do Banco Mundial, a Bloomberg Philanthropies, a ENEL e as Ferrovie dello Stato Italiane, além de universidades, centros de pesquisa, organizações da sociedade civil e empresas italianas.
Arquitetura
Inspirada nos princípios de Arquimedes e equipada com tecnologias de monitoramento, a AquaPraça foi projetada para se ajustar naturalmente ao aumento do nível da água. Essa característica dialoga diretamente com a geografia de Belém, onde as marés podem variar vários metros ao longo do dia. O projeto se apresenta como uma simbiose entre ambiente construído e ambiente natural, oferecendo aos visitantes uma experiência sensível dos efeitos das mudanças climáticas, como a elevação do nível do mar.
Legado
Durante a COP30, a AquaPraça funcionará como o Pavilhão Italiano, recebendo eventos, encontros e debates. Mas seu papel vai além da conferência: o Governo da Itália se comprometeu a doar a estrutura ao Brasil, garantindo que Belém permaneça como sede definitiva do espaço, que será transformado em um centro comunitário voltado para a educação ambiental, a cultura e o engajamento social.
O embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, destacou a dimensão simbólica do projeto. “Esse gesto não é somente o símbolo da importância da contribuição italiana para a COP30, mas também consolida a cooperação entre Itália e Brasil, reforçando o papel da Itália como promotora de iniciativas que unem cultura, ciência e diplomacia em prol da sustentabilidade. Além disso, estabelece um legado duradouro da COP30 para a Amazônia, que continuará a inspirar gerações futuras no enfrentamento das mudanças climáticas”, disse ele.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA