Amazônia: mapeamento quer garantir biodiversidade em unidades de conservação

Trabalho iniciado em 2014 réune ong IPÊ, ICMBio e comunidades

O Liberal
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Em junho próximo, será concluído o mapeamento de nove unidades de conservação na Amazônia, incluindo duas no Pará, a fim de identificar variações relacionadas à biodiversidade (fauna e flora), como resultado a parceria entre o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e comunidades na região. Esse trabalho, a partir do aproveitamento dos saberes dos habitantes e de metodologias científicas, identificará aspectos essenciais para a preservação de ecosssistemas naturais, algo vital para os seres vivos nas áreas.

As unidades de conservação correspondem a espaços de conservação de bens naturais, abrangendo reservas extrativistas (RESEX), reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS), Reservas Biológicas (REBIO) e parques nacionais. As unidades de conservação no Pára nas quais o IPÊ atua são a reserva biológica (REBIO) Rio Trombetas, no oeste do Estado, e e a reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Itatupã-baquiá, no Município de Gurupá.
Para a construção do mapeamento na região, desde 2014 já foram realizados 11 encontros de saberes presenciais em unidades de conservação na Amazônia, como parte do Projeto de Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB), do IPÊ.Esses eventos
funcionam como espaço de diálogo entre pesquisadores, monitores e gestores de unidades de conservação a respeito das experiências de cada um sobre a manutenção da biodiversidade local.
A Reserva Biológica (REBIO) do Rio Trombetas, no Pará, foi primeira unidade de conservação da região Norte a sediar a temporada 2022 do Encontro dos Saberes. Os eventos também já ocorreram na Reserva Extrativista (RESEX) Baixo Juruá, no Amazonas, e na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Itatupã-Baquiá, no Pará. Todos com grande participação da comunidade local. 
Itatupã-Baquiá
Na RDS Itatupã-Baquiá, o encontro foi realizado no dia 8 de abril e reuniu cerca de 70 comunitários. Durante o evento, foram trocadas informações sobre experiências da coleta de dados do automonitoramento da pesca sobre as espécies de peixes encontradas na região e debateram os resultados do projeto de monitoramento para os anos de 2017 a 2021. “Esse momento é fundamental para consolidar a nossa proposta de monitoramento participativo. Pois, toda a comunidade é chamada para discutir sobre os resultados da pesquisa e, a partir dessa troca de saberes, de fato, apontar os melhores caminhos para a conservação desse território”, destaca Ana Maira Neves, pesquisadora do IPÊ.
Segundo o monitor local Manoel Chaves de Sousa, conhecido como seu Codó, a atividade ajuda a fortalecer a organização comunitária da unidade de conservação. “Acompanhar os resultados do monitoramento é importante para toda a comunidade. Primeiro porque nos abastece de informação sobre a nossa biodiversidade. Segundo porque fortalece a nossa conscientização sobre a preservação da natureza. E terceiro, auxilia no nosso fortalecimento comunitário, incentivando a participação de todos nesse diálogo”. 
Rio Trombetas
O encontro de estreia da temporada dos ES este ano foi realizado na última semana de março. A atividade reuniu 45 participantes, entre comunitários, monitores locais, gestores da unidade de conservação e pesquisadores do IPÊ e ICMBIO. No evento, foram apresentadas as análises parciais do monitoramento de quelônios aquáticos amazônicos e se destacou a dinâmica populacional das espécies Tracajá, Tartaruga-da-Amazônia e Pitiú.
Este ano ainda estão previstos mais seis encontros presenciais em unidades de conservação. Os eventos serão realizados na RESEX Rio Unini e Parque Nacional do Jaú, no Amazonas; RESEX do Cazumbá-Iracema, no Acre; Floresta Nacional Jamari e RESEX Rio Ouro Preto, em Rondônia; e Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá.  

  

 

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