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Altas temperaturas fazem população redobrar cuidados com a exposição ao sol

População busca amenizar o calor com sombrinhas e garrafinhas de água

Vito Gemaque
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O forte calor em Belém tem feito muitas pessoas sofrer e redobrar os cuidados durante os dias ensolarados de outubro. Desidratação, cansaço, insolação e até desmaios podem ser causados ​​pelo forte calor que atinge a capital paraense neste período. Pancadas de chuva isoladas não têm sido suficientes para amenizar o calor, e a população busca se prevenir de diversas maneiras, como sombrinhas, protetor solar e garrafinhas de água.

O carteiro Cleyson do Carmo, de 46 anos, caminha todos os dias pelas ruas da capital e busca se prevenir levando sempre uma garrafinha de água. Quando necessário, compre água mineral ou peça aos moradores durante as entregas. "Costumo andar com minha garrafinha no dia a dia, e esse calor é constante. Se a gente não se precaver com o protetor solar, vai acabar adquirindo um câncer de pele", conta. “Até os clientes oferecem água, porque veem que está muito quente, então chegam a oferecer a água pra gente”, complementa.

Cleyson trabalha há 20 anos como carteiro nas ruas e sente que, ao longo desse tempo, as temperaturas da cidade aumentavam. "Hoje está tudo cheio de concreto, é uma cidade de pedra, e isso faz a gente sentir aquele mormaço, aquele calor. Isso reflete em tudo. É insuportável", declarou.

Ele acredita que o aumento do calor também está relacionado à agricultura, devido ao desmatamento e à queima da mata antes do plantio. Para Cleyson, é preciso melhorar as técnicas agrícolas e manter a floresta em pé para reduzir o aquecimento global. "Esse calor é insuportável. Devido a tanta queimada que acontece no interior, aqui a gente sofre a consequência do desmatamento e dessas queimadas desenfreadas. Nosso governo deve tomar providências. Tomara que agora, na COP, seja tomada uma atitude em relação a isso aí, para que as pessoas que querem cuidar da terra — o agricultor — façam corretamente o manejo", aponta.

A idosa Maria Lopes, de 62 anos, moradora de Marituba, foi a Belém para uma consulta médica no Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores de Belém (Iasb). “Está um sol para cada pessoa em Belém”, enfatiza. Ela se arrependeu de ter escolhido ir até uma parada de ônibus para tentar pegar um coletivo e evitou sair de casa no início da tarde por causa do sol. Sob uma sombrinha, em uma parada de ônibus na Almirante Barroso, Maria tentava se proteger. “Geralmente, quando venho para consultar eu chamei um Uber, só que hoje, como estava muito caro, resolvi vir pegar ônibus”, fala.

A jovem Alessandra Rodrigues, de 32 anos, levou o filho Benjamin Rodrigues, de um ano, para uma consulta médica. Ela tenta prevenir o filho de qualquer problema. Usa sombrinha, oferece bastante líquido à criança e evita o sol. "Geralmente, dá muita alergia nele. A virose, a gripe, acaba dando. Há uns 15 dias ele estava com essa virose", contou. “Se já é difícil para o adulto, imagina para uma criança?!”, assegura.

O médico clínico-geral William Rodrigues orienta sobre os cuidados necessários durante os dias quentes. "A exposição prolongada ao calor e ao sol pode trazer diversos sintomas. Podem ser sintomas mais simples, como uma dor de cabeça, ou mais graves, que podem precisar de uma internação hospitalar", enfatiza. O médico destaca que as pessoas que trabalham diretamente expostas ao sol precisam ter cuidados redobrados.

"Podem surgir diversos sintomas: dor de cabeça, dor muscular, dor no corpo, mal-estar, por conta da desidratação e da insolação também. Tem que ficar atento a esses sintomas", aponta. As pessoas têm desmaios e até evoluem para o coma por causa da desidratação.

Entre as recomendações estão usar roupas mais leves e claras, proteger-se com bonés ou chapéus, usar roupas com proteção contra raios ultravioleta (UV) ou aplicar protetor solar, evitar aglomerações e locais abafados, buscar áreas arejadas e manter-se hidratado com água e sucos.

Neste período, os maiores cuidados devem ser com crianças e idosos. "Os idosos e crianças têm maior propensão de manifestar os quadros mais graves, então tem que ter bastante atenção com os menores de cinco anos e maiores de 60 anos na exposição ao calor e ao sol. Eles facilmente desidratam e podem evoluir para um quadro grave."

"Se você conhece um indivíduo que está exposto ao sol e ao calor, e notou que está mais sonolento, não está urinando específicos, ou a urina está com cheiro mais forte, mais técnico e mais escuro, ou está com sensação de náusea — isso são sinais de gravidade. Ele pode precisar de atendimento médico, principalmente nesses momentos, e não se pode retardar o atendimento", afirma.

Dicas médicas para enfrentar o calor

Mantenha-se sempre hidratado, consumindo líquidos, especialmente água e sucos naturais.

Use roupas leves e claras, bonés, chapéus e outros acessórios de proteção.

Evite comidas embutidas ou muito salgadas.

Evite a exposição prolongada ao sol e locais muito quentes.

Consuma alimentos leves, como frutas, legumes e vegetais.

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