Advogado aguarda avanço do inquérito sobre agressões contra jornalistas do Grupo Liberal na COP 30
O caso aconteceu na Blue Zone da Conferência da ONU em Belém, onde o prefeito de Parauapebas teve sua credencial suspensa pela organização
O advogado criminalista Luiz Araújo, que representa os jornalistas do Grupo Liberal Wesley Costa, Isis Bem e Vanessa Araújo, aguarda o avanço do inquérito e a liberação de novas evidências. Eles foram agredidos pelo prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante), na última sexta-feira (14), dentro da Blue Zone da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém.
As agressões ocorreram quando Wesley Costa, da Rádio Liberal+, foi surpreendido com um tapa no rosto. Luiz Araújo afirmou que a defesa aguarda tanto o resultado do corpo de delito quanto as imagens da câmera de segurança da Blue Zone. Ele já conversou com o delegado responsável pelo caso.
A agressão aconteceu dias após Wesley ter registrado uma cena na Green Zone: o prefeito Goiano conversava com o ministro Guilherme Boulos (Psol). Wesley publicou o registro em suas redes sociais, gerando grande repercussão em Parauapebas, segundo o jornalista.
Agressão na COP 30
No momento da agressão, os óculos do jornalista caíram no chão e foram levados por uma pessoa. As jornalistas Isis Bem e Vanessa Araújo relataram ter sido alvo de xingamentos e ofensas de gênero ao tentar impedir o prefeito de avançar contra o colega.
O caso ganhou repercussão nacional. A ONU suspendeu a credencial de Goiano, que foi retirado do evento por equipes de segurança. A documentação produzida pela Polícia Civil foi enviada à organização.
A ONU informou que só poderá liberar o material solicitado, incluindo as imagens das câmeras, após a conclusão de seu próprio processo investigatório, ainda sem previsão de término.
Avanço da investigação e evidências pendentes
Após o episódio, Wesley recebeu atendimento médico no hospital da Blue Zone e, com a equipe da Rádio Liberal+, registrou Boletim de Ocorrência. A Polícia Civil agora aguarda o laudo do Instituto Médico Legal Renato Chaves para seguir com as diligências.
A liberação das imagens de segurança da Blue Zone permanece pendente da decisão final da ONU. O advogado afirmou que o delegado que cuida do caso está verificando a atualização sobre a chegada dos dados ao sistema.
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