ONU ainda não entregou resultado das investigações e nem as filmagens de agressão contra jornalistas
A agressão sofrida por Wesley Costa, que levou um tapa no rosto, foi praticada pelo prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante)
A Organização das Nações Unidas ainda não liberou o resultado das investigações nem as imagens do circuito de segurança relativas à agressão contra o jornalista Wesley Costa, da Rádio Liberal+, ocorrida na última sexta-feira (14) durante a COP30. A promessa inicial era de que o material seria disponibilizado no último sábado (15), o que não ocorreu. Segundo o advogado Luiz Araújo, que acompanha o caso, a ONU afirma que só poderá divulgar qualquer conteúdo ao final do processo investigatório, sem previsão de conclusão.
Em entrevista, Araújo explicou que a Polícia Civil já concluiu os procedimentos de praxe e agora aguarda o laudo do Instituto Médico Legal Renato Chaves para seguir com as diligências. Toda a documentação do caso foi remetida à ONU, inclusive um ofício solicitando as imagens do sistema de segurança do local onde ocorreu a agressão.
“No sábado, eles disseram que iam concluir ainda no final de semana, mas não concluíram. Hoje à tarde, quando entrei em contato, a informação foi a mesma, o status é de investigação. Só ao final é que vão se posicionar sobre a decisão que vão tomar e sobre o nosso pedido das imagens. A gente fica preocupado, porque não sabe efetivamente o que esperar”, relatou o advogado.
A agressão sofrida por Wesley Costa, que levou um tapa no rosto, foi praticada pelo prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante). O jornalista estava ao vivo no estúdio da Rádio Liberal+ instalado na Blue Zone da COP30 quando foi surpreendido pelo gestor municipal. O episódio ganhou repercussão nacional e levou a organização do evento a suspender a credencial do político, que está impedido de acessar a conferência.
Após o tapa, outros profissionais que presenciaram a agressão acionaram a equipe de segurança, que conduziu o prefeito para uma área reservada. Wesley Costa recebeu atendimento médico no hospital montado dentro da zona onde ocorrem os debates das autoridades.
As jornalistas Vanessa Araújo e Isis Bem, do Grupo Liberal, relataram também ter sido alvo de agressões verbais por parte do prefeito de Parauapebas. A jornalista afirma que ela e Isis Bem foram xingadas e desrespeitadas enquanto tentavam impedir que o prefeito avançasse sobre o colega de trabalho.
Em seguida, o jornalista e a equipe da Rádio Liberal+ registraram Boletim de Ocorrência e deram continuidade aos procedimentos legais. Enquanto isso, a investigação segue na Polícia Civil e o acesso às imagens solicitadas continua pendente, à espera da decisão final da ONU.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA