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Ação planta 250 mudas de açaizeiro nas margens do Rio Tucunduba

A iniciativa é alusiva à Semana do Meio Ambiente, promovida pelo Governo do Estado, com apoio de projetos comunitários

Caio Oliveira

Desde suas nascentes, em pontos do bairro do Marco, até desaguar no Rio Guamá, o Tucunduba percorre cinco bairros de Belém, banhando principalmente a Terra Firme e o Guamá, regiões onde se torna mais caudaloso. Devido à importância dessas águas, moradores desses dois bairros que são divididos pelo rio participaram na manhã desta quinta-feira de uma ação de plantio de mudas de açaizeiro nas margens do Tucunduba. A iniciativa é alusiva à Semana do Meio Ambiente, promovida pelo Governo do Estado, com apoio de projetos comunitários.

 

“Essa ação visa contribuir com a recomposição paisagística das margens do igarapé, e faz parte também do projeto de macrodrenagem”, explica Kleber Perotes,  diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Segundo o especialista, a espécie eleita para a ação de plantio foi a palmeira açaí, fruta típica do Pará e que tem como habitat natural as margens de nossos rios e igarapés. “A intenção é devolver às margens uma paisagem nativa e, no futuro, esperamos ter um igarapé saneado, limpo e arborizado”, projeta Kleber. Além do Ideflor-Bio, a ação conta com a participação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

 

Mesmo que seja conhecida como “Cidade das Mangueiras” ou “Metrópole da Amazônia”, Belém é uma cidade pouco arborizada. A capital paraense tem o menor percentual de arborização urbana entre as 15 cidades brasileiras com mais de um milhão de habitantes, segundo dados divulgados em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Para tentar mudar essa realidade, o objetivo da ação era plantar 250 mudas no Canal do Tucunduba. “Vamos iniciar o plantio com um trecho, e na outra parte, as mudas vão ficar com os moradores, para a comunidade dar continuidade”, explica Andreia Monteiro, coordenadora de educação ambiental da Semas, que diz ainda que o apoio dos moradores nesse tipo de projeto é fundamental. “A comunidade da Terra Firme é muito ativa. Eles têm muitos trabalhos voltados para as questões ambientais, então, viemos para cá por já existir esse grupo super ativo dentro desse processo todo”, elogia a coordenadora.

 

Um desses moradores da região engajados com a preservação ambiental é Zé Maria Souza, que faz parte de movimento que estimula a defesa dos rios de Belém. “O objetivo do movimento é deixar esse rio limpo, sem poluição, e interagir com a comunidade local, para eles cuidarem do rio também”, conta o morador, que diz que uma das ações do coletivo para estimular a preservação ambiental é ‘apadrinhar’ as plantas. “Nosso projeto pega um morador como ‘padrinho do açaizeiro’, e além de cuidar da árvore, ele também vai cuidar do rio. Então, essa relação comunidade-natureza precisa ser feita em todo canto, e se nós não cuidarmos do meio ambiente a consequência vem pra gente”, encerra Zé Maria.

 

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Belém
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