Abertura das escolas não teve influência nos novos casos de covid no Pará, diz Sinepe
Após dois estudantes de uma escola particular de Belém testarem positivo para a doença, o debate sobre os cuidados nas escolas voltou a repercutir
Os cuidados na contenção da covid-19 nas escolas voltaram a repercutir desde a última terça-feira (14), quando o Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, de Belém, suspendeu temporariamente as aulas presenciais de duas turmas onde estão matriculados dois irmãos que testaram positivo para a doença. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Pará (Sinepe) disse que a reabertura das escolas não teve relação com os casos positivados.
"O Sinepe esclarece que a abertura das escolas não teve nenhuma influência ou consequência na contaminação ou elevação dos casos de covid no Estado do Pará ou no município de Belém. O retorno das escolas não produziu nenhum reflexo e todos os estabelecimentos de ensino estão cumprindo o protocolo, a fim de garantir que, mesmo tendo algum caso notificado da doença, as pessoas que estão no entorno não sejam contaminadas", explicou.
A infectologista Helena Brígido, de Belém, comentou que é necessário ter prudência para entender as ocorrências. "Quem são as pessoas infectadas, como adquiriram (pode ter sido por pessoas da própria família ou de outro local extrafamiliar e extraescolar), por quanto tempo estavam infectadas e qual a possibilidade de ainda estarem transmitindo", destacou.
Somente dessa forma, segundo a especialista, é possível ter dados e orientações a respeito das medidas a serem tomadas. "As recomendações permanecem as mesmas em relação ao uso de máscaras, distanciamento social e uso frequente de álcool a 70%", reforçou.
A infectologista acrescentou que é importante utilizar uma máscara e ter outra de reserva nas escolas, porque é um tempo razoável de permanência no recinto e, eventualmente, vai ocorrer uma tomada de líquidos ou alimentos, e o aluno terá que retirar a máscara para isso. Ela também recomendou cuidado na hora de tirar a máscara do banheiro.
"Na escola e em qualquer local, é preciso ter a disponibilidade de álcool a 70% dentro e fora da sala de aula, não fazer trabalhos em grupos, não preencher toda a capacidade das cadeiras dentro da sala de aula e utilizar horários alternativos de entrada e saída", detalhou.
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