Peças de ferro são furtadas da Praça do Relógio, em Belém
Elas servem para ajudar na proteção da calçada e no embelezamento do relógio construído há 70 anos.

Apesar de pouco tempo após a reinauguração, a Praça Siqueira Campos, popularmente conhecida como “Praça do Relógio”, já serve de alvo de ações de vandalismo. Ela fica a meio caminho entre o Mercado de Ver-o-Peso e o Forte do Presépio, no bairro da Campina, no centro de Belém, às margens da Baía do Guajará.
Ao entorno do grande relógio, das 45 barras de ferro que existiam e foram colocadas recentemente, hoje há apenas 33, pois 12 delas foram furtadas do lugar. As barras servem para ajudar na proteção da calçada feita em pedras portuguesas. Além de ajudar no embelezamento do monumento, construído em 1930 pela companhia inglesa J. W. Benson Ltda, medindo 12 metros de altura.
Segundo trabalhadores da área, todos os dias caminhões que carregam peixes estacionam pela área e, muitas vezes, batem nas barras de ferro, que ficam ainda mais vulneráveis aos furtos, os quais ocorrem pela madrugada.
“Os caminhões quando vão estacionar para pegar peixe ou até outros caminhões batem nas barras, elas ficam fracas e, geralmente, moradores de ruas e usuários de drogas, retiram as barras e levam”, conta um flanelinha que trabalha no lugar há mais de quatro anos.
Ele lamenta pela falta de cuidados com a praça, que foi inaugurada recentemente. “Essa praça ficou aí abandonada muito tempo. Agora, perto da eleição, a Prefeitura fez a obra e entregou bem bonita. Mas acho que falta cuidado da população e fiscalização da polícia, porque até essas flores as pessoas levam”, reclama o flanelinha.
Um mototaxista, que faz ponto na Praça do relógio há pelo menos cinco anos e também preferiu não ter seu nome e sobrenome na reportagem, confirma que os furtos ocorreram logo após a inauguração do espaço.
“Quem leva isso aí são os usuários de drogas pela madrugada e acho que alguém encomenda, porque já levaram vários. Só não levam o relógio porque é muito grande. Há pessoas que levam até as flores. A gente fala e dizem que as plantas estão na rua. Quando a praça está feia, o povo reclama. Quando está reformada, não tem cuidados. Se eu ver isso, eu não deixo levar”, afirma o mototaxista.
A Prefeitura de Belém foi procurada e ainda não se manifestou sobre a situação.
Por meio da Polícia Civil, a Delegacia do Meio Ambiente foi contactada para explicar sobre a quantidade de crimes de roubos e furtos de peças em praças e logradouros públicos da capital estão sendo investigado no momento, mas ainda não se pronunciou.
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