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Bob Fllay conta em entrevista exclusiva ao Ananindeua em Revista porque foi expulso do PDT

O humorista e vereador de Ananindeua, ainda sem partido, vai disputar as eleições 2022

Cléo Soares e Jeferson Höenisch
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Fenômeno na internet, Flavio Higor Pantoja, o Bob Fllay, humorista paraense e atual vereador de Ananindeua, está sem partido. Aos 36 anos recém completados, ele, que além de vereador é apresentador do programa humorístico "Bob Show", do Grupo O Liberal, falou com exclusividade ao "Ananindeua em Revista", sobre a polêmica expulsão do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ocorrida no último dia 9, às vésperas de sair às ruas a terceira edição deste jornal. 

Ele, que desde a infância sonhava em ser artista e a desenvolver trabalhos sociais, conta que virou político após o "boom” da carreira artística no humor, que aconteceu em 2018, com o vídeo de "Sincerone". A paródia de propaganda política caiu no gosto do público, com as falas de um candidato sincero. 

Assista ao último episódio do programa Bob Fllay Show no LibPlay:

Nascido e criado no bairro da Pedreira, em Belém, e ex-morador do conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua, Bob se candidatou pela primeira vez no ano passado, e foi o segundo vereador mais votado do município, obtendo 4.798 votos nas eleições 2020, garantindo uma das 25 cadeiras da Câmara Municipal de Ananindeua. Nesta entrevista exclusiva ele diz que não é só comédia, que tem conteúdo e boas ideias. Ele também conta tudo sobre a sua polêmica expulsão do PDT e os planos futuros para as próximas eleições.

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Por qual razão o senhor acredita que foi convidado a se retirar da sua legenda, o Partido Democrático Trabalhista (PDT)?
Bem, o que eu acredito, e isso é uma opinião minha, é que eles (da direção do partido) têm outras pessoas lá que eles querem que sejam candidatos a deputado estadual, ou federal, e eles me consideravam uma ameaça a essas candidaturas. Além disso, eu também em momento algum cedi às pressões do partido, às cobranças que me faziam. E de fato fui muito pressionado, mas não atendi porque não gosto de me sentir usado como ponte. Não quero ser usado como moeda de troca, moeda de barganha.

O que o senhor considera barganha? O que eram exatamente essas pressões?
Bom, como muito já foi falado em um áudio que vazou, e que agradeço por esse espaço para poder esclarecer melhor, eu era muito pressionado porque a direção queria me impor determinadas situações, a cobrar do prefeito cargos políticos para o partido. Eu sempre achei essa cobrança absurda e nunca dei atenção. Além disso queriam que eu fosse “garoto propaganda” do partido, que fosse em todos os eventos e divulgasse, tanto na nossa cidade de Ananindeua quanto no interior do estado, e eu não tenho tempo pra isso. O partido nunca me deu nenhum centavo, então não me sinto obrigado a tirar espaço da minha agenda publicitária para fazer isso.

Em vídeo no Instagram, Bob Fllay comentou sobre o caso, assista:

Então o senhor se decepcionou com o seu agora ex-partido, o PDT?
Olha, quando eu resolvi entrar na política eu tinha seis opções de partidos para me filiar. Eu optei pelo PDT porque me identifico com o Ciro Gomes, acho um cara sério, que fala a verdade, é um estudioso e se preocupa com a educação dos jovens do nosso país. Mas no âmbito estadual temos pessoas muito extremistas, e eu por ser humorista e também falar a verdade doa a quem doer, talvez isso não tenha combinado tanto com o perfil do que é hoje o partido aqui no estado. Mas isso acontece, sai do partido mas meu voto continua sendo do Ciro, e agora é olhar pra gente.

O senhor falou que o PDT tem outros nomes ao legislativo estadual e federal, e o viam como ameaça. Então o senhor é candidato a um desses cargos?
Sim, eu serei candidato. Ainda não sei se a deputado estadual ou federal, mas serei, porque o mandato de vereador não me possibilita fazer tudo o que eu quero pelo meu povo. Já usei bastante das minhas economias, só nas minhas contas mais de R$45 mil de trabalhos publicitários para fazer doações às comunidades. Com um mandato de deputado estadual ou de federal eu posso ajudar muito mais.

Essa vontade de ajudar foi que o levou para a política, ou é um sonho antigo?
Um pouco dos dois. Quando eu era pequeno sonhava em ser artista e também desenvolver trabalhos sociais, mesmo sem estrutura. Comecei com oficinas de teatro para comunidades carentes de Ananindeua, muito antes de ser candidato. Depois, como humorista, veio o sucesso com a paródia de propaganda política que caiu no gosto do público, com as falas de um candidato sincero, o “Sincerone”, e a partir daí surgiram comentários de apoio a uma possível candidatura minha, e ela acabou acontecendo. Mas antes mesmo de eu me declarar candidato vários partidos me chamara, três deputados chegaram a ir à minha casa me convidar para filiação, mas eu sempre pensava que já tinha uma carreira, ganhava bem, e a política pode desgastar isso pela descrença atual das pessoas nos políticos do Brasil, e só no último minuto mesmo decidi que poderia fazer alguma coisa pela cultura e pelas comunidades. Decidi aos 45 do segundo tempo.

Mas essa aceitação foi para as ruas, ou o senhor se elegeu só com votos do seu público da internet?
Com certeza ganhou as ruas. Inclusive eu no início queria uma campanha somente na rede social. Mas quando o projeto tomou corpo, eu quis sentir o calor do povo, andar nas ruas, e mostrar para as pessoas que eu não sou só comédia, eu tenho conteúdo, tenho ideias. Claro que vieram muitos questionamentos de pessoas que falavam que não tenho experiência com a política. Aí na última semana da campanha fiz um vídeo perguntando: “para as pessoas que não confiam em mim, dizendo que não sou preparado, pergunto o que seu político preparado, que você votou nas últimas eleições está fazendo?”, e acho que essa reflexão deu muito certo.

E o que o senhor pretende fazer do seu futuro? Já decidiu para qual legenda vai?
Ainda não decidi, inclusive porque tenho muitos convites. São 21 partidos que já me convidaram para integrar suas bancadas. Ainda tomarei essa decisão nos próximos dias, mas, para o futuro, quero continuar trabalhando pelas comunidades como tenho feito. Um exemplo na minha atuação parlamentar é a a comunidade Beira Rio, no bairro do Curuçambá, que após abandono de 30 anos, hoje tem cerca de 12 ruas que receberam pavimentação asfáltica, através de solicitação minha, onde pedi também a construção de uma praça de esportes radicais no bairro. A meu pedido a Prefeitura de Ananindeua também mudou a vida em oito ruas do bairro da Águas Lindas, além de vários projetos  na Câmara Municipal, entre eles um em conjunto com o vereador Breno Mesquita que obriga os supermercados a fornecerem ao consumidor sacolas ou sacos de plásticos reutilizáveis ou retornáveis. Então, quero continuar trabalhando para ajudar as pessoas.

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