PL das Fake News: saiba quem são os lobistas de Google e da Meta contra o Projeto do Governo Federal

As duas das principais plataformas digitais se posicionaram ativamente contra o texto do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP)

Luciana Carvalho
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Depois que o Projeto de Lei das Fake News ganhou a possibilidade de ser votado na Câmara dos Deputados, duas das principais plataformas digitais se posicionaram ativamente contra o texto do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), afirma o colunista Ricardo Noblat.

No último final de semana a Google colocou em sua home um link de campanha contrária à proposta de regulamentação das fake news. Intitulado "O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil", o link direciona para um artigo assinado por Marcelo Lacerda, diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas da empresa no país.

Marcelo trabalhou como consultor do Ministério do Meio Ambiente durante os governos FHC e Lula, de 1997 a 2004. Ele atua nas relações governamentais da big tech há quase 10 anos e foi sócio da Patri, uma das maiores empresas de consultoria do país. A empresa tem fácil acesso ao Judiciário e passagem livre na Câmara e no Senado. Ele atuou por lá durante 8 anos, de dezembro de 2004 a junho de 2013.

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De acordo com o colunista, quem trabalhou no mesmo período e também como sócio na Patri foi Murillo Laranjeira, hoje responsável pela Diretoria de Políticas Públicas da Meta. Ele atuou na empresa por sete anos, de janeiro de 2003 a junho de 2010, e trabalha com o Facebook desde 2022. Murilo passou pela Embraer em 2002 e hoje é o principal articulador da Meta em Brasília contra a PL das Fake News.

O executivo do Facebook chegou a se encontrar com  o ministro Alexandre de Moraes em março deste ano para debater sobre a necessidade de haver uma regulamentação nas redes sociais.

Nesta quarta-feira (03) , Moraes determinou que o Google, Facebook, Instagram, WhatsApp, Spotify e o canal Brasil Paralelo retirem do ar textos contrários ao PL 2630 e mandou que seus representantes prestem depoimentos à Polícia Federal.

O colunista ressalta que o lobby não é crime. Segundo ele, a atividade está, inclusive, protegida pela Constituição Federal de 1988. Apesar disto, a atividade não é regulamentada no Brasil e carrega uma carga negativa. "Quem trabalha com lobby prefere o termo “relações públicas e políticas”, porque de fato essa é a práxis deste agente: promover um debate entre os entes do poder público e os interessados em determinada pauta", diz Noblat.

 (Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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