Projeto de Lei reconhece lábios leporinos como deficiência

Texto de autoria do deputado Jaques Neves (PSC) foi aprovado nesta terça (1), na Assembleia Legislativa

Keila Ferreira

Os deputados estaduais aprovaram, nesta terça-feira (1), em segundo turno e redação final, o Projeto de Lei que equipara as más formações congênitas fenda palatina e fissura lábiopalatina às deficiências, para efeitos jurídicos. Com isso, as crianças com essa anomalia craniofacial, caracterizada por aberturas ou descontinuidade das estruturas do lábio e/ou palato, passam a ter os mesmos direitos e garantias previstos para pessoas com deficiência física ou mental. No Pará, cerca de oito mil fissurados devem ser beneficiados com a medida, conforme estimativa da Associação Sorrisos Largos, que conta com 150 famílias cadastradas. Para virar Lei, o projeto precisa ser sancionado pelo governador Helder Barbalho.

Autor do projeto, o deputado Jaques Neves (PSC) explica que, antes, poucas crianças tinham garantia de tratamento no Estado. Atualmente, o hospital Santa Casa já dispõe de equipe multidisciplinar formada por médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas, entre outros profissionais, para fazer o acompanhamento desses pacientes. No entanto, muitas são do interior e precisam se deslocar à capital para fazer o tratamento, que além da cirurgia inclui um longo acompanhamento, em média, até os 18 anos.

Com o projeto, ele espera que alguns benefícios financeiros, disponibilizados às pessoas com deficiência, inclusive do INSS, também possam ser destinados a crianças com fissura lábiopalatina. Para isso, ele espera o reconhecimento da legislação estadual aprovada. O deputado afirma que, em Rondônia, foi aprovada Lei semelhante, mas beneficiando os renais crônicos, fazendo com que eles fossem reconhecidos como pessoas com deficiência. “Nós precisamos sensibilizar o poder público, para que essas crianças possam fazer seu tratamento”.

Familiares de crianças com fissuras labiopalatais estiveram na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e comemoraram a aprovação do projeto. A estimativa é que para cada 650 nascidos vivos, um tenha essa deformidade congênita. “Eles vão poder ter alguns benefícios garantidos às pessoas com deficiência, como passe livre, entrada livre nas áreas culturais e determinados benefícios em dinheiro, para custear o tratamento, já que é feito na Santa Casa, muitos são do interior e nem todos os municípios custeia, essa passagem”, explicou Jeane Vieira, do conselheiro fiscal da Associação Sorrisos Largos.

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