Presidente da CPMI não irá à entrega do relatório no Supremo; saiba o motivo
A informação foi confirmada por interlocutores do parlamentar baiano.

O deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPMI do 8 de Janeiro, não irá à entrega do relatório governista sobre as investigações do colegiado.
O motivo é que o documento, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), não pediu o indiciamento do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
A informação foi confirmada por interlocutores do parlamentar baiano. O presidente da CPMI acredita que Eliziane errou ao não pedir a responsabilização do general.
Conforme noticiou o Oeste, o ex-ministro foi informado, desde 5 de janeiro, sobre o risco de invasões aos prédios públicos. Apesar de não ser por intermédio de uma plataforma oficial, Gonçalves Dias recebeu os mesmos informes enviados aos grupos de alertas da Abin.
O então diretor da Abin, Saulo Moura Cunha, enviou os avisos para o WhatsApp do então ministro. Até as 15 horas de 8 de janeiro, o então ministro recebeu cerca de 20 alertas da Abin no WhatsApp por intermédio de Saulo.
Para a relatora, mesmo assim, não houve dolo na conduta de Gonçalves Dias, por isso, ela não "vislumbrou a possibilidade de responsabilização" dele. Contudo, a senadora pediu o indiciamento de nove integrantes do GSI, que eram da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que foram mantidos no cargo pelo general.
Ao todo, Eliziane sugeriu o indiciamento de 61 pessoas no relatório da CPMI, entre elas, de Bolsonaro e aliados. O documento vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal, à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério Público Federal na próxima semana.
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