Paraense que planejou atentado a bomba em aeroporto de Brasília não está foragido, diz defesa

Advogada do investigado diz versão contrária ao do STF, que concluiu que George estava “em local incerto e não sabido”

Paula Almeida / Especial para O Liberal
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O paraense George Washington de Oliveira Sousa, condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) a nove anos de prisão por planejar um atentado a bomba no aeroporto de Brasília, cumpre atualmente pena em regime aberto, segundo informou sua advogada, Rannie Karlla nesta sexta-feira, 15. A defesa contesta a informação divulgada em julho pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de que ele estaria “em local incerto e não sabido” e, portanto, foragido.

Em despacho publicado no dia 17 de julho, o ministro Alexandre de Moraes determinou que George Washington fosse notificado por edital da existência de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), medida adotada quando o acusado não é encontrado por um oficial de justiça. O documento também indicava que ele teria tido a prisão preventiva decretada em 24 de junho.

Versões divergentes

De acordo com a defesa, a condição de foragido não se aplica ao réu. “O endereço dele está atualizado no processo de execução e, até a presente data, não foram à residência dele”, disse a advogada Rannie Karlla. Ela explicou ainda que, no processo do TJDFT, ele cumpre a pena dentro dos parâmetros legais e que se apresenta regularmente à Vara de Execuções Penais (VEP), como exige o regime aberto.

O caso ganhou repercussão nacional em dezembro de 2022, quando George Washington, na época morador de Xinguara (PA), foi preso acusado de transportar do Pará para Brasília armas de fogo, dinamites, acessórios e munições. Segundo a investigação, o material seria distribuído a pessoas dispostas a provocar distúrbios e impedir o que o réu chamava de “avanço do comunismo”.

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Informação foi dada pela advogada Rannie Karlla em entrevista ao Grupo Liberal; George Washington de Oliveira foi condenado por planejar atentado com artefato explosivo no Aeroporto de Brasília em 24 de dezembro de 2022.

Planejamento e frustração do atentado

De acordo com o TJDFT, George Washington se encontrou com outros dois acusados (Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Soares) durante manifestações contra o resultado das eleições presidenciais em frente ao Quartel-General do Exército. O trio teria planejado colocar uma bomba no aeroporto de Brasília, através de um caminhão-tanque que estava estacionado nas proximidades do local, com o objetivo de criar um cenário de caos que justificasse a decretação do Estado de Sítio.

O plano não se concretizou, o motorista do veículo retirou os explosivos assim que os viu. George Washington foi condenado por expor a perigo a vida, a integridade física e o patrimônio de terceiros, causar incêndio em combustível ou inflamável, além de porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo.

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