Pagamento do Fundeb gera conflito entre prefeito de Santarém e sindicato dos professores
Prefeito e presidente do sindicato dos professores trocaram acusações por meio de vídeos nas redes sociais
O prefeito Nélio Aguiar, do município de Santarém, oeste do Pará, informou na tarde de segunda-feira (20), por meio das redes sociais, que vai pagar o abono salarial para os professores que atuam na rede municipal. Já o Sindicato dos Profissionais de Educação de Santarém (Sinprosan) afirma que a promessa do gestor da cidade não atende o valor total às exigências do abono do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Os dois gestores trocaram acusações por meio de vídeos nas redes sociais. A redação integrada de O Liberal solicitou o posicionamento do prefeito sobre o assunto e aguarda o retorno.
A divergência entre o prefeito e o presidente do Sindicato se dá pelo valor devido do Fundeb, onde existe um valor dos recursos de 30% para quem é do apoio e 70% para o magistério. Ele acusa o prefeito de querer pagar todo mundo somente com o recurso dos 70%.
O prefeito de Santarém gravou um vídeo onde acusa o presidente do Sinprosan de mentir. “Eu já gravei um áudio informando que vai ter rateio sim. Mandamos uma lei para Câmara de Vereadores. Estou fazendo uns vetos em alguns incisos, que eu não concordo, inclusive um que dá direitos aos servidores do prédio da administração da Semed e não é esse o nosso compromisso com vocês”, enfatizou o prefeito Nélio. Assista:
O gestor da cidade seguiu afirmando que irá seguir pela legalidade no que diz a lei do Fundeb e a lei do TCM. “Então, o que faltar para atingir os 70% todo o valor será rateado em forma de abono. Assim que a Câmara analisar o veto, faremos o decreto com valor do abono e com a previsão de pagamento até o dia 29 de dezembro”, afirmou Nélio Aguiar.
O presidente do Sinprosan, Jefferson Sousa, rebateu o vídeo do gestor e lamentou a postura do prefeito. “Lamentável a postura do prefeito de me chamar de mentiroso, uma vez que de fato ele não se sentou com a equipe do sindicato nenhuma vez. Talvez a equipe de governo fez aquele documento errado e de forma sorrateira encaminhou para a Câmara de Vereadores”, disse.
Jeferson afirma que o principal motivo de desentendimento entre ambos é, segundo ele, “o prefeito querer tirar dos professores para o pessoal de apoio, e o recurso que é devido ao pessoal de apoio? Para onde vai? Para onde fica? Porque vai sobrar, entendeu? Então eu achei lamentável a postura dele. Demonstrou a falta de equilíbrio emocional, demonstrando nervosismo, né? Sim. Vamos reivindicar os nossos direitos, somente isso, tudo de acordo com a lei, não queremos nada não seja nosso, não queremos nada fora da lei”, concluiu.
Ele completou dizendo que vão reivindicar não somente o direito ao abono do FUNDEB, mas que esse pagamento seja feito de forma devida. “Cada categoria com seus recursos. Quem é do apoio que receba dos 30% devido e quem é do magistério receba dos 70%, que é bem aí que está problema que o prefeito quer pagar todo mundo somente com o recurso dos 70%”, enfatizou.
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